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Sabado, 18 de Janeiro de 2025
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Sérgio Félix – A Força do Sindicalismo!

Nossas Riquezas Pretas de Juiz de Fora #004

Alexandre Müller Hill Maestrini
Por Alexandre Müller Hill...
Sérgio Félix – A Força do Sindicalismo!
Paulo Sérgio Pena Félix
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O objetivo dessa série é dar visibilidade para aqueles que a sociedade sempre tentou tornar invisíveis. Assim nasceu a série Nossas Riquezas Pretas de Juiz de Fora. O #NossasRiquezasPretasJF é um projeto antirracista do Instituto Autobahn que visa destacar os expoentes negros do município de Juiz de Fora e legar exemplos positivos de sucesso para as futuras gerações. Iniciado em 2023 com o formato de coluna na RCWTV, a reportagem #001 foi sobre Carina Dantas, #002 Antônio Carlos, #003 Geraldeli Rofino, #004 Sérgio Félix, #005 Fernando Eliotério, #006 Maurício Oliveira, #007 Ademir Fernandes, #008 Gilmara Mariosa, #009 Batista Coqueiral, #010 Cátia Rosa, #011 Eliane Moreira, #012 Antônio Hora, #013 Ana Torquato, #014 Alessandra Benony, #015 Sil Andrade, #016 Joubertt Telles, #017 Edinho Negresco, #018 Denilson Bento, #019 Digo Alves, #020 Suely Gervásio, #021 Tânia Black, #022 Jucelio Maria, #023 Robson Marques, #024 Lucimar Brasil, #025 Dagna Costa, #026 Gilmara Santos, #027 Jorge Silva, #028 Jorge Júnior, #029 Sandra Silva, #030 Vanda Ferreira, #031 Lidianne Pereira, #032 Gerson Martins, #033 Adenilde Petrina, #034 Hudson Nascimento, #035 Olívia Rosa, #036 Wilker Moroni, #037 Willian Cruz, #038 Sandra Portella, #039 Dandara Felícia, #040 Vitor Lima, #041 Elias Arruda, #042 Bruno Narciso, #043 Régis da Vila, #044 Claudio Quarup, #045 Wellington Alves, #046 Lucimar Silvério, #047 Paul Almeida, #048 Negro Bússola, #049 Zélia Lima e #050 Paulo Cesar Magella.

Por Alexandre Müller Hill Maestrini


Hoje temos a história do sindicalista com toda sua liderança e força do sindicalismo. Paulo Sérgio Pena Félix é natural de Juiz de Fora, nasceu em 02.03.1968 e cresceu em uma família com 7 irmãos, onde aprendeu a amar a célula mais coesa da sociedade, o núcleo familiar, que ele até hoje tem como uma de suas maiores forças. A família morava na Av. Rio Branco, no prédio da antiga faculdade de Economia. Seu pai era zelador da UFJF, que naquela época concedia imóvel como moradia. O caçula Sérgio vivia os esforços do pai e se lembra do pai contando que antes de vir para Juiz de Fora, dos 7 aos 18 anos, tinha trabalhado duro na roça.

Seguindo o exemplo do pai, começou a trabalhar muito cedo, aos 8 anos já ajudava em uma mercearia, logo passou a fazer serviços de jardinagem em uma residência e aos 14 anos era um trabalhador que entregava os jornais para a Tribuna de Minas. Nessas experiências como jovem já percebia a força do trabalhador e sabia que sua luta seria por mais justiça e igualdade social. Aos poucos foi desenvolvendo suas paixões: a leitura e a palavra de Deus. Aos 14 anos, quando trabalhava na Tribuna de Minas, recebeu as influências dos jornalistas Carlos Alberto Pavan, Grace Valentin, Renato Henrique Dias, dentre outros que sempre lutaram pelo ideal de liberdade e justiça social e nessa trajetória política teve contato com José Salles Pimenta e Raquel Scarlateli do MR8, movimento revolucionário 8 de outubro.

O alegre Sérgio se recorda que seus avós vieram Zona da Mata, de Tabuleiro por parte de mãe e Piauí por parte de pai. Eles lhe contavam como era difícil os trabalhos em condições escravas nas fazendas de açúcar  e cuidando do gado, e que eles nunca esperavam que as novas gerações viessem a ser humilhadas. Para Sérgio é necessário começarmos com um processo de reparação histórica junto à população negra, dado que em pleno século XXI ainda vivenciamos casos de racismo explícito e o pior, conforme o atual ministro de direitos humanos Silvio Almeida, vivemos em uma sociedade fundada em uma hierarquia racial. Portanto o trabalho que precisamos iniciar é na quebra do paradigma, através de políticas públicas que sejam realmente efetivas e tragam uma possível equalização de valores. Com todas essas experiências não era pra menos, Sérgio se formou em direito e teologia e se tornou um pastor consciente, um aguerrido dirigente sindical e um teólogo pensador.

Mas a luta dos trabalhadores iniciada a séculos no Brasil ainda tem espaço em sua vida. Atualmente é o presidente do Sinteac, diretor executivo da federação em turismo e hospitalidade do estado de MG, diretor executivo da confederação nacional dos trabalhadores em asseio e conservação e recentemente eleito secretário de gênero e diversidades da UGT - MG. Para o movimento sindical levou a força de suas experiências e implantou o “Sinteac Cidadão”, um projeto que leva assistência jurídica, atendimentos médicos e lazer para as comunidades carentes em Juiz de Fora. Sérgio começou a trabalhar em 2000 como porteiro de uma empresa terceirizada que prestava serviços para a prefeitura de Juiz de Fora. Ele lembra que nessa época, os porteiros, trabalhadores da limpeza e demais integrantes da categoria de asseio e conservação, não tinham representação própria. Assim em 2003 surgiu o Sinteac (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio e Conservação e Limpeza Urbana de Juiz de Fora e Região) e Sérgio já participava da diretoria desde a fundação. Em 2018 foi eleito presidente, reeleito em 2022 até 2026.
Ele lembrou que até 2007 os trabalhadores do segmento de asseio, conservação e limpeza urbana eram totalmente desprotegidos dos seus direitos trabalhistas, o que fez com que um grupo de trabalhadores, do qual ele faz parte, lutassem pela criação do sindicato. Eles já alcançaram vários benefícios para os trabalhadores: vale alimentação, programa de saúde, aumento salarial acima da média de inflação, dia do trabalhador em asseio e conservação, dentre outros. Hoje o Sinteac oferece para os associados e dependentes uma vasta gama de benefícios como Kit Escolar, auxílio natalidade, auxílio funeral, exames médicos e laboratoriais, equipe de profissionais como fisioterapeuta, psicólogos, nutricionistas que atendem na sede da própria entidade. O “Sinteac itinerante” leva assistência jurídica e atendimentos básicos de saúde aos postos de trabalho. O próximo passo será o projeto “sindicato na rua”, onde todos os diretores e empregados do Sinteac, em um dia determinado, estarão nos postos de trabalho, buscando soluções para as demandas dos trabalhadores; o projeto tem como principal objetivo integrar diretores, empregados à realidade do dia-dia do trabalhador. Sérgio acredita na força do sindicalismo como agente de transformação e justiça social, por isso luta como um trabalhador.
Para quem acha que Sérgio para por aí, se engana, ele acredita em Juiz de Fora como um município promissor e com grande potencial de evolução. Com esse otimismo colabora com os agentes políticos para buscarem conjuntamente soluções para que o município retorne o seu papel de protagonista no cenário de Minas Gerais, principalmente na Zona da Mata. Suas candidaturas para vereador em 2020 e para deputado federal em 2022 foram momentos muito importantes que possibilitaram um outra visão pela proximidade com povo em geral. Sérgio pode ouvir e buscar soluções para os problemas da população, além de fazer muitas amizades nessa caminhada. Ele se ocupou a apresentar seu projeto para população em geral, e enfatiza que não era um projeto de poder, mas um projeto de transformação da vida do cidadão, pois quem viveu na pele saber o que o povo tem sofrido muito pela ausência de políticas públicas adequadas. De volta ao sindicalismo, Sérgio tem levado um pouco de esperança ao povo, dando o exemplo de não desistir: "devemos lutar e perseverar!", concluiu.

Sérgio é também o criador da ONG “Projeto Viver em Cristo” com o objetivo ensinar a palavra de Deus através da distribuição de Bíblias. Coroando sua caminhada, no dia 18.01.2023, ele esteve no Palácio do Planalto onde novo presidente Lula recebeu para pauta a respeito de melhores condições para trabalhadores. Na oportunidade Sérgio agradecido rezou pelo presidente e entregou-lhe uma bíblia com dedicatória. Foi nesse momento que o fotógrafo oficial do Presidente tirou uma foto marcante de um momento histórico para Sérgio e para o Brasil. A trajetória de Sérgio Félix é a pura força de sua fé nos homens e em Deus.

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FONTE/CRÉDITOS: Paulo Sérgio Pena Félix
Alexandre Müller Hill Maestrini

Publicado por:

Alexandre Müller Hill Maestrini

Alexandre Müller Hill Maestrini é professor de alemão no Instituto Autobahn e autor de quatro livros: Cerveja, Alemães e Juiz de Fora, Franz Hill – Diário de um Imigrante Alemão, Lindolfo Hill – Um outro olhar para a esquerda e Arte Sutil.

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