google.com, pub-3302814748151540, DIRECT, f08c47fec0942fa0

RCWTV - Sua fonte de notícias de Juiz de Fora e região.

Terça-feira, 14 de Janeiro de 2025
rcwtv
rcwtv

Geral

Carina Dantas – Mulher preta realizada

Nossas Riquezas Pretas de Juiz de Fora #001

Alexandre Müller Hill Maestrini
Por Alexandre Müller Hill...
Carina Dantas – Mulher preta realizada
Carina Dantas
Espaço para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.

O objetivo dessa série é dar visibilidade para aqueles que a sociedade sempre tentou tornar invisíveis. Assim nasceu a série Nossas Riquezas Pretas de Juiz de Fora. O #NossasRiquezasPretasJF é um projeto antirracista do Instituto Autobahn que visa destacar os expoentes negros do município de Juiz de Fora e legar exemplos positivos de sucesso para as futuras gerações. Iniciado em 2023 com o formato de coluna na RCWTV, a reportagem #001 foi sobre Carina Dantas, #002 Antônio Carlos, #003 Geraldeli Rofino, #004 Sérgio Félix, #005 Fernando Eliotério, #006 Maurício Oliveira, #007 Ademir Fernandes, #008 Gilmara Mariosa, #009 Batista Coqueiral, #010 Cátia Rosa, #011 Eliane Moreira, #012 Antônio Hora, #013 Ana Torquato, #014 Alessandra Benony, #015 Sil Andrade, #016 Joubertt Telles, #017 Edinho Negresco, #018 Denilson Bento, #019 Digo Alves, #020 Suely Gervásio, #021 Tânia Black, #022 Jucelio Maria, #023 Robson Marques, #024 Lucimar Brasil, #025 Dagna Costa, #026 Gilmara Santos, #027 Jorge Silva, #028 Jorge Júnior, #029 Sandra Silva, #030 Vanda Ferreira, #031 Lidianne Pereira, #032 Gerson Martins, #033 Adenilde Petrina, #034 Hudson Nascimento, #035 Olívia Rosa, #036 Wilker Moroni, #037 Willian Cruz, #038 Sandra Portella, #039 Dandara Felícia, #040 Vitor Lima, #041 Elias Arruda, #042 Bruno Narciso, #043 Régis da Vila, #044 Claudio Quarup, #045 Wellington Alves, #046 Lucimar Silvério, #047 Paul Almeida, #048 Negro Bússola, #049 Zélia Lima e #050 Paulo Cesar Magella.

Dr. Carina é graduada em Direito pela Universidade Presidente Antônio Carlos – Juiz de Fora, Pós Graduanda em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho e Direito Previdenciário pela Universidade Estácio de Sá, além de Especialista em LGPD pela FGV e Compliance pelo SESI/SENAI. Sua trajetória foi iniciada como advogada membra das ordens do advogados de Juiz de Fora, além de professora é empreendedora, palestrante de sucesso, líder de movimentos em prol de pretas e pretos e presidente da comissão da verdade da escravidão negra no Brasil e combate ao trabalho escravo moderno da OAB de Juiz de Fora. Para a espontânea Carina o mundo não gira, ele capota. Mas na vida ela se sustenta em três colunas denominadas suas grandes paixões: em primeiro lugar a família, depois ela se dedica à profissão de advogada e não menos importante o trabalho social e voluntário. É nesse voluntariado que ela se realiza e é motivada a ser a pessoa interna que ela verdadeiramente é, e tem a oportunidade de lutar pelos objetivos que ela almeja conquistar. Dentro desse trabalho social ela destaca o “Projeto Empoderamento”, o qual eles levam de bairro em bairro dentro do Município de Juiz de fora oferecendo conhecimentos para as populações de comunidades. Além disso a dinâmica Dra. Carina é uma das organizadoras da Feira Preta de Empreendedores Pretas e Pretos de Juiz de Fora.
Mas de onde vem tanta força para empreender? Carina responde com um sorriso marcante e fala sobre seus antepassados. Na sua tradição oral, o seu tetravô veio da África, provavelmente escravizado na Angola, mas sua genealogia é bem características dos brasileiros e brasileiras, pois as misturas aconteceram no nosso território. Com ela não poderia ser diferente, ela descreve que alguns antepassados de povos originários, assim uma bela família mestiça com fortes raízes africanas, com membros apresentando diversas cores de pele, do branco ao preto retinto, como ela mesmo descreve, com cabelos do crespo ao liso. Até aqui nenhuma surpresa para uma descendente do nosso município escravista do século XIX. Ela explicou que essas informações lhe foram passada de geração para geração pela mãe e pelo avô, com os quais ela conviveu muito. Depois que chegou da África o primeiro antepassado de Carina se uniu com uma índia da etnia Puris, sua tetravó, que já habitavam a região. A advogada lamenta não ter registros da origem na África, nem dos informes da travessia, e acrescentou que dos antepassados não possui registros, provavelmente perdidos e invisibilizados pelo período da escravidão.

Orgulhosamente Carina se espelhou nos exemplos da mãe. Carinhosamente lembrou da mulher preta e guerreira que estudou enfermagem, se formou e deu ótima educação às duas filhas num Brasil de algumas décadas atrás, quando era bem mais difícil de cuidar das filhas pequenas sozinha. Além da mãe, Carina Dantas tira suas forças e inspiração na brasileira Gloria Maria, jornalista famosa da Rede Globo. Para Carina, Glória era bem a “frente do seu tempo” por tudo que ela representou de positivo e até onde ela conseguiu trilhar por caminhos bem difíceis, num ambiente jornalístico até então dominado pelos brancos. Marielle Franco e Martin Luther King foram outros dois nomes que nortearam a vida de Carina Dantas por tudo aquilo que eles representaram na luta e por nunca desistirem em busca dos seus objetivos.
Na visão empresarial de Carina, o Município de Juiz de Fora é um lugar promissor onde você sempre consegue se reinventar e tem a oportunidade de alçar vôos maiores. Para ela a cidade tem tudo que é necessário para ganhar o cenário brasileiro e internacional com suas empresas, indústrias e cidadãos empreendedores com pensamentos visionários, pessoas que vão em busca do que elas querem alcançar e fazem de tudo para realizarem seus sonhos. A própria Carina tem planos e idéias para reverter o racismo estrutural na população e também o racismo institucional. Para ela é trabalhando de forma coletiva junto com os pares para levar sementes do conhecimento para combater o racismo através do letramento racial é que conseguiremos reverter o cenário. Carina explica que o letramento racial se faz necessário, pois proporciona um mergulho revelador no racismo “estrutural e institucionalizado” que permite entender a existência das hierarquias raciais, para além disso movimenta a engrenagem para atitudes antirracistas em uma sociedade que ainda temos pessoas pretas que não se reconhecer como "Pretas e Pretos". Ela é a inspiração em pessoa! Para contato para palestras e afins https://www.instagram.com/dra.carinadantas/

Receba notícias da RCWTV no Whatsapp e fique bem informado!

FONTE/CRÉDITOS: Carina Dantas
Alexandre Müller Hill Maestrini

Publicado por:

Alexandre Müller Hill Maestrini

Alexandre Müller Hill Maestrini é professor de alemão no Instituto Autobahn e autor de quatro livros: Cerveja, Alemães e Juiz de Fora, Franz Hill – Diário de um Imigrante Alemão, Lindolfo Hill – Um outro olhar para a esquerda e Arte Sutil.

Saiba Mais
https://rezato.com.br/
https://rezato.com.br/

Crie sua conta e confira as vantagens do Portal

Você pode ler matérias exclusivas, anunciar classificados e muito mais!

Envie sua mensagem, estaremos respondendo assim que possível ; )

clever betano