A balança comercial de Minas Gerais encerrou setembro de 2025 com superávit de US$ 2,1 bilhões. O resultado reflete exportações que totalizaram US$ 3,8 bilhões — alta de 6,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior — e importações de US$ 1,7 bilhão, com aumento de 3,3%. No acumulado de janeiro a setembro, o estado registra saldo positivo de US$ 19,3 bilhões.
Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/Mdic) e estão disponíveis no painel interativo da Fundação João Pinheiro (FJP). O levantamento mostra que, no período, Nova Lima, Varginha, Araxá, Paracatu e Guaxupé se destacaram entre os principais municípios exportadores mineiros.
Nova Lima liderou as vendas externas do estado, com US$ 243,3 milhões, impulsionada pela exportação de minério de ferro para a China e de ouro para o Reino Unido. Em seguida, aparecem Varginha, com US$ 241,2 milhões em vendas de café para países como Alemanha, Itália e Estados Unidos; Araxá, com US$ 230,2 milhões, voltados principalmente à exportação de ferro-liga para a China; Paracatu, com US$ 186,6 milhões em ouro exportado ao Canadá e à Suíça; e Guaxupé, que movimentou US$ 162,6 milhões em café destinado a Estados Unidos, Alemanha, China e Itália.
Segundo o relatório, Minas Gerais foi o segundo estado que mais exportou no país em setembro, respondendo por 12,5% das vendas externas brasileiras, atrás apenas de São Paulo, com 20%. No cenário nacional, o superávit da balança comercial chegou a US$ 3 bilhões, com crescimento de 7,2% nas exportações e de 17,7% nas importações em comparação a setembro de 2024.
As exportações mineiras continuam concentradas em dois produtos: minério de ferro e café, que juntos representaram cerca de metade das vendas externas do mês. O minério de ferro respondeu por 27,8% da pauta, com aumento de 5,5% no valor e de 5% no volume exportado. Já o café teve participação de 23%, com crescimento de 20,6% no valor e queda de 14,8% no volume embarcado.
A China se manteve como principal destino das exportações mineiras em setembro, absorvendo 37,7% dos produtos, seguida pelos Estados Unidos, com 6,1%. No acumulado do ano, as vendas de minério de ferro correspondem a 26,1% do total exportado, apresentando queda de 17,4% no valor e leve retração de 1,4% no volume. O café, por sua vez, representou 23,4% da pauta e registrou alta de 48% no valor exportado, apesar da redução de 11,5% no volume.
Do lado das importações, o estado registrou crescimento de 10,3% entre janeiro e setembro, impulsionado principalmente pela compra de máquinas e equipamentos mecânicos (+22,9%), produtos químicos orgânicos (+27%), adubos e fertilizantes (+11,5%) e produtos farmacêuticos (+91,7%). Esses itens representaram juntos 56,6% do total importado no período.
China e Estados Unidos também se destacaram como os principais fornecedores de Minas Gerais, respondendo por 25,4% e 13,3% das importações, respectivamente.
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