Você já sentou com uma pessoa negra para ouvir a história que ela/ele têm para contar? Este projeto tem como objetivo destacar os expoentes negros do município de Juiz de Fora e legar exemplos positivos de sucesso de pessoas pretas para as futuras gerações. A reportagem #001 foi sobre Carina Dantas, a #002 foi com Antônio Carlos, a #003 com Geraldeli Rofino, a #004 com Sérgio Félix, a #005 com Fernando Eliotério, a #006 com Maurício Oliveira, a #007 com Ademir Fernandes, a #008 com Gilmara Mariosa, a #009 com Batista Coqueiral, a #010 com Cátia Rosa, a #011 com Eliane Moreira, a #012 com Antônio Carlos da Hora, a #013 com Ana Paula Torquato, a #014 com Alessandra Benony e agora é a vez de falarmos sobre Sil Andrade.
Por Alexandre Müller Hill Maestrini
Nada melhor do que começar a reportagem com Silvânia Cristina “Sil” de Andrade com a canção “Fragmentos”. Foi com esta canção de seu companheiro Driano Barboza (in memorian) que ele em 2013 pediu a Sil em namoro. Não um simples pedido, mas um na linguagem que eles dominavam, falando de amor em versos, no café, na Rua Halfeld e nas Minas Gerais. O duo gravou e regravou a canção “Fragmentos”, e em 2015 se classificaram no 45º Festival Nacional da Canção – FENAC. Em 2018 o casal interpretou com tanta suavidade e sutileza que a música - exalando carinho - foi a vencedora do Festival da Canção Microfone Aberto. Sil Andrade é uma artista pública atuante no espaço público, mulher negra, canceriana, e depois de 40 anos longe das montanhas, e novamente moradora do seu bairro Monte Castelo, zona norte de Juiz de Fora, onde nasceu. Desde 2004 Sil é para o município de Juiz de Fora um verdadeiro Cartão Postal Digital com seu chapéu democrático aos pés da artista e tocando em pé em cima de seu tradicional tapetinho amarelo. Confesso que para mim esta foi uma entrevista diferente, pois Sil Andrade respondeu tudo com ares de música e poesia, e as letras falam por si. Insisto que veja o vídeo abaixo antes de ler esta reportagem. (foto abaixo @torresbrendha)
Sil residiu por três anos na cidade de Lisboa e foi na Universidade Nova de Lisboa durante um curso de pós-graduação que ela teve a oportunidade de conhecer com muitos africanos oriundos de outras colônias portuguesas: “o convívio e a troca de tantas informações aguçou o meu interesse em busca aos meus ancestrais”. Assim nos seus tempos livres e com abundante empirismo, concluiu que seus bisavós, escravos e/ou quase libertos, chegaram de Angola em uma leva de corpos negros entregues em Minas Gerais. Eles se estabeleceram na cidade de Mar de Espanha - MG. Sil Andrade é uma pessoa que não se vitimiza por causa de seu passado: "o que eu quero é espalhar minha música", ela olha para o futuro com olhos críticos, mas pró-ativa. Seus avós por necessidade de trabalho mudaram-se com o pai de Sil para Juiz de Fora e foram morar no bairro Monte Castelo. Foi ali que em 1961 ela nasceu, mas com quinze ou vinte dias de vida a família mudou-se para Foz do Iguaçu: "uma rude fronteira no sul do Brasil". Ela e seus irmãos contemplavam o mundo de águas, as Sete Quedas e Garganta do Diabo, enquanto aproveitavam um piquenique em família.
Sil Andrade se lembra do início de sua carreira musical. Ela e seus irmãos iam todas às quartas-feiras ao cinema e foi no término de alguma sessão, ainda com cinco ou seis anos, que ela recebeu o primeiro convite para cantar. Sil Andrade ainda pequenina segurava com firmeza a mão da sua mãe e a escutou orgulhosa dirigindo-se a locutora da Rádio Cultura de Foz do Iguaçu: “essa é minha filha que gosta de cantar”. Envergonhada na época, Sil não se recorda de ter cantado no programa de auditório: "eu realmente amarelei". Foi o Tio Jorge que acalmou a pequena Sil: “sem problemas Sil”. Ele chegou com uma deliciosa muda de cana cayana, plantou lá no fundo do quintal e os ensinou a praticar técnicas, artes e culturas da “Rua e Campo Ar Livre”. Posteriormente o sensível tio passou a morar com a família e via a menina cantando e tocando no pau de vassoura. Como era criativo, iniciou e aprimorou a confecção artesanal de rústicos instrumentos: “o chamei de meu primeiro violão”. Lembrança gostosa: “era de madeira rústica, um outro pedaço de madeira mais fino era o braço do violão, com pregos e cordas de pescar montaram as cordas do violão”.
No Paraná a infância de Sil Andrade foi rica em liberdade e experiências que depois se traduziu em poesia, músicas e estilo de vida. Quando criança, frequentavam a casa da Dona Maria, na zona rural da cidade, nadavam no rio, pescavam, degustavam os frutos dos pomares, desciam de bicicleta morro abaixo e outros inúmeros desafios ao ar livre. Sua mãe lavava roupas com Dona Maria e outras mulheres negras. Às vezes os filhos iam para as festas, onde os músicos que vinham de longe tocavam Xote: “eles não usavam sapatos e os pés tinham as marcas da estrada de chão”. Ao mesmo tempo que ela observava os pés sujos de poeira, se encantava com os instrumentos que tocavam. Ela se lembrou do falecimento do Seu Arnaldo, o pai e o mais velho deste Quilombola: “ele era um negro muito alto com pés enormes”.
Aos nove anos, fruto do contrabando del Paraguay, Sil ganhou sua primeira guitarra azul. Sil e o irmão estudaram em uma escola de Freiras Holandesas: "a escola era bem diversa, tínhamos amigos paraguaios, argentinos, polacos, bugres, negros e japoneses, e éramos diversos". Aos onze anos ganhou um violão de pinho de verdade e junto conseguiu os professores que a ajudaram com seu talento. Sil sempre foi ousada e com nove anos de idade aceitou um desafio e chutou na encruzilhada uma entrega para um Santo e que as crianças, chamavam de macumba: “de noite eu estava mancando e minha mãe falou-me do respeito as entidades da rua”. A família frequentava em uma rua perto do rio um centro de macumba, onde foram várias vezes e deste centro veio a benzedeira: “fumo de rolo, algumas folhinhas e ervas e em três dias eu andava normalmente”.
A mãe de Sil foi uma artista tímida que gostava de costura e música: “ela me disse que desfilava em uma escola de samba da cidade”, além disso Sil lembrou que a mãe tinha um radinho na cozinha ligado o dia todo, onde também escutava as músicas e novelas. “Na sala tínhamos uma vitrola”, eram discos LPs brasileiros, misturados aos Lps paraguaios, Lps de Martinho da Vila, Noite Ilustrada, Miltinho e o som da Arpa da Perla. No clube social que frequentavam Sil Andrade ouvia os sucessos da Jovem Guarda, nos restaurantes tocava música gaúcha e mexicana, já os paraguaios tocavam sanfona e harpa e ela ficava encantada, confessa: "mas acho que a grande motivação para a arte me veio dos incentivos do Tio Jorge". Na adolescência Sil teve que dividir o quarto com as duas irmãs e diante dos perrengues e impasses ela começou a tocar violão e cantar baixinho: “eu gostei tanto que escolhi a intimidade da bossa-nova”. Ainda adolescente passou a escutar Rosa Passos, Billie Holliday, Sade Adu, a ver os filmes clássicos da década de 50 e 60, que também lhe inspiram.
Se mudaram para Belo Horizonte e Sil com as irmãs foram para uma escola de Padres Espanhóis: "lá nós éramos as únicas negras". Foram para o Pará e lá foram alunas de uma escola de padres americanos: "convivemos com alunos de povos indígena e originários", que riqueza de experiências. Sil Andrade foi para longe, para a mais verde Floresta: "fomos morar na Amazônia e da janela da escola, via os rios, o Tapajós, a lua, à beira do rio, escutava as poesias e os carimbós, se deliciava com as tradições e canções que ouvia e soavam do meu instrumento". Sons que Sil Andrade também entoavam aos Sairés, rio abaixo, rio Amazonas e "para os povos ribeirinhos da floresta toquei nas cordas do meu violão canções". Sil contou que durante os três anos acolheu e foi acolhida pela Floresta. Como estudante do Colégio Dom Amando de Santarém - no Pará, viajou junto com integrante do Projeto Rondon, com estudantes de enfermagem da Universidade de Manaus, com militares e possíveis caroneiros: "seguimos por mais de 10h de viagem para as campanhas de vacinação, atendimento aos ribeirinho nas margens do Rio Amazonas, em um barco de motor barulhento, pequeno".
A família mudou-se para Brasília, para o Planalto Central, e foi no Cerrado Brasileiro que Sil Andrade iniciou sua graduação sem nunca deixar o violão de lado, vendo e ouvindo Cassia Eller, Rosa Passos, Oswaldo Montenegro, Capital Inicial, Legião Urbana etc. Nesta cidade Sil teve uma vida muito ativa ao ar livre participando do movimento do Escotismo do Brasil, de onde até baliza sua vida nos 10 artigos da Lei dos Escoteiros. Como parte integrante do seu dia a dia traz os conceitos de honra, integridade, lealdade, presteza, amizade, cortesia, respeito e proteção da natureza, responsabilidade, disciplina, coragem, ânimo, bom-senso, respeito pela propriedade e auto-confiança. Sempre alerta, Sil Andrade me lembrou que quando Baden-Powell idealizou a Lei Escoteira, ele decidiu não estabelecer leis proibitivas, mas conceitos para formação de pessoas benévolas, para que, desta forma, o jovem escoteiro tivesse onde se espelhar e pudesse se orientar. Na verdade a inspiração do movimento se baseia também na ancestralidade pois, "quem criou o escotismo buscou as técnicas que as tribos africanas e Zulus utilizam como estratégias de organização, bem como a cultura indígena vivida ao ar livre", explicou.
Sil Andrade morou também em uma casa de estudantes na zona norte do Plano Piloto de Brasília onde tocava muito violão e tinha um diálogo muito íntimo com o violão. Graduou-se em Letras e se especializou em “Clarice Lispector” na UnB; em 1998 ingressou no curso de pós-graduação e mestrado sanduíche e Propedeutico na área de comunicação, na mesma Universidade de Brasília, cujo objeto era “Informações Oficiais”. Em seu texto “Cheiro de Cafezinho” no cenário de Brasília, Sil relata como funcionava a cidade, os modos de ver e viver Brasília, e com ele participou do livro Narrativas a Céu Aberto: Modos de ver e Viver Brasília - editado pela FAC/UNB e organizado pela professora Cremilda Medina. O olhar curioso de Sil Andrade descobriu a saga das culturas, o encantamento das histórias humanas: "Brasília, afetos, desafetos; dúvidas e exclamações". Sil explicou que de um lugar complexo, desafiador, nascem narrativas movidas pelo afeto e pela compreensão do cotidiano. A escuta solidária capta os falares anônimos da nova cidadania. Nesta antologia, os autores adotam um estilo humanizado, que expressa a relação sensível com a cidade. A poética do cotidiano e as histórias de vida dos habitantes do planalto animam as narrativas a céu aberto.
Intermediada pela Embaixada portuguesa, Sil Andrade foi contemplada com uma bolsa do Instituto Camões - Portugal - para acesso e pesquisa nas instalações e Biblioteca da Imprensa Nacional Casa da Moeda onde se confecciona o Diário da República. Em 2001, com o mesmo objeto e estudos de caso, iniciou o doutorado sanduíche na Universidade Nova de Lisboa. Em terras portuguesas Sil já era uma embaixadora da música brasileira em Portugal: "espalhei minha voz e perfume pelas ruas da capital”, contou com alegria. Em Lisboa foi concluir seu projeto sobre Informações Públicas, com o tema a Comunicação Social do Brasil, comunicação essa que saia de da capital do império desde os tempos do Rei Dom Joao VI. O rigoroso inverno português levou Sil a ficar reclusa: "recebi de um amigo um computador que ele achou no lixo, configurou e me presenteou". Foi assim que escreveu um livro de 40 crônicas, que expunha nos cafés, na universidade, no comércio do bairro e três delas, foram publicadas em revistas portuguesas: "Crônicas & Pão" um estudo de casos entra as culturas, hoje em exposição nas Padarias do centro de Juiz de Fora, “A Noiva dos Sapatos Ruidosos”, “Som do Rego”, ”Da Terra Recebi Um Email”. Por lá participou com canções e violão na Universidade Nova de Lisboa, nas praças e outros espaços portugueses: "na oportunidade espalhei a voz pelos caminhos". Nos invernos europeus lidou com a Literatura e publicações. Lá a eclética Sil Andrade trabalhou também como estagiária durante 6 meses no Jornal Diário da Republica de Lisboa.
Mas em 2004 teve que interromper os seus estudos por causa da perda do pai. Sil voltou ao Brasil para cuidar da mãe em Brasília. Sua vida mudaria novamente e Sil declarou que: “voltar para casa é sempre bom”, no segundo semestre de 2004 voltou para a cidade que nasceu e desde então atuações públicas por todos os espaços públicos de Juiz de Fora. Longe, quarenta anos sem ver as montanhas de Minas, Sil retornou com muita bagagem cultural, experiência e veio se juntar às riquezas artísticas e ao movimento cultural de sua cidade natal: "gosto da geografia da cidade, próxima aos grandes centros do sudeste, uma região montanhosa e ainda segura em relação a outros centros". Em 2007-2008 Sil fez parte do grupo Jovem Guarda em Juiz de Fora onde tocava o violão de doze cordas e só cantavam músicas da Jovem Guarda e também participou do grupo Fina Mistura.
A sensível Sil Andrade qualifica-se estudando o violão, a voz e insiste na disciplina: "confesso que desenvolvi a disciplina com Adriano Barbosa". Para sua saúde integral ela coloca em prática no seu dia a dia as ideias e a necessidade de se alimentar bem para o corpo e de música para a alma: "a natureza, o ar livre acrescentaram no meu eu. Para mim é simples, é fazer som". Ela troca com tanto afeto músicas nas comunidades, nas praças, na rodoviária, nas feiras e nas ruas: "é na rua que em me sinto livre para ser uma artista, sem amarras". Foi para um dos seus projetos independentes e autorais que Sil Andrade buscava um violonista e lhe indicaram o músico bossanovista Driano Barboza. Ele é natural de Santos Dumont - MG, nasceu em uma família de artistas. Adolescente já ouvia, já tocava acordes de Bossa nova, abandonado no quarto um violão, artista completo, autodidata, aprimorou-se no instrumento. Cantor e compositor, voz afinada, disciplinado e um violão virtuoso! Adriano Gomes Barbosa, deixou grande legado musical, além do livro “Cozinha Autodidata” – Dicas, receitas e história de um entusiasta da culinária cotidiana. Ele tinha se mudado em 1970 para Juiz de Fora e mais tarde junto com Sil Andrade formaram um duo na profissão e no amor: "foi uma época de grande produção cultural e o mais importante que aconteceu na minha carreira", lembra com saudade. Foi com a canção “Fragmentos” que seu companheiro Driano Barboza em 2013 pediu a Sil em namoro (fotos acima). Ela já tinha uma proposta de lançar o projeto "TREMinhão Mineirices & Poesia": "e Adriano me ofereceu a canção para incluir no projeto". Com esta música participaram juntos de cinco festivais e venceram três: "mas depois do falecimento de Adriano eu nunca mais interpretei Fragmentos" (áudio abaixo).
Apesar de ter várias composições com Adriano Barbosa, suas inspirações vem também do gosto que Sil tem pela leitura e por escrever. Atualmente planeja escrever em temporada em Ibitipoca: "será a base para criar minhas novas canções". Como todo poeta, ela sempre está em busca de inspirações: "o que eu ouço, faço arranjos bem sutis e que dialoguem com o meu violão e meu canto", a gente sente que sua interpretação é sincera. Como Embaixadora da Bossa em Juiz de Fora, Sil Andrade segue à disposição da arte e cultura local. O projeto voz e violão "Recuo da Bossa" (foto do meio acima) com Driano Barboza: “sem ingressos e sem paredes”, é um projeto inclusivo, lúdico, sustentável e democrático. Desde 2015, sempre nos messes de cinco sábados, das 11 às 13h, Sil se apresentou durante os últimos sete anos no famoso recuo do Banco do Brasil, na Rua Halfeld em Juiz de Fora. Dos sete anos de projeto, o talentoso Driano Barboza participou de cinco anos junto com Sil Andrade, que leva instrumentos extras e oferece espaço para crianças e artistas se apresentarem num espaço que é considerado "o coração da cidade". Conheça Sil Andrade e suas lutas no vídeo abaixo (editado do site da ALMG).
A artista conseguiu criar um palco afetivo com o "Recuo da Bossa", com certeza um patrimônio imaterial de Juiz de Fora, contemplada em 2022 na 17ª edição do Prêmio Amigo do Patrimônio que premiou 12 iniciativas de pessoas físicas e jurídicas voltadas para a defesa, a conservação e a divulgação do Patrimônio Cultural de Juiz de Fora. Com projeto Recuo da Bossa, Sil Andrade foi reconhecida pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural (Comppac/PJF) pela valorização da arte de rua e por sua militância em prol da cultura na cidade. Quem conversa com Sil Andrade percebe uma pessoa sensível e artista na veia: "respeito muito as minhas emoções. Encontro prazer no silêncio, na solidão, caminhar, leitura enfrentar o sereno, conversar, cantar tocar, trocar arte e aprendo muito prestigiando os artistas locais". Sil lamenta atualmente a falta de iniciativa da cultura na visibilidade de imagens/estátuas/bustos/nomes dos artistas locais como Geraldo Pereira, Xisto Valle, Sr. Joãozinho da Percussão, Sr. José Amaro e tantos outros. Ela participa de movimentos e conselhos artísticos e culturais do município e com paciência relatou que falta diálogo com os Artistas de Rua, melhorias na flexibilidade nos códigos de postura da prefeitura, pois: "cresce a demanda de artistas públicos no centro de JF e a interferência da fiscalização interrompe de forma deselegante enquanto atuamos". Ela lembrou que como todos Artistas e Profissionais, necessitamos de políticas públicas modernas e adequadas. Ativa e inquieta, a Embaixadora da Bossa, questiona: "como se aposenta um Artista de Rua? Como Artistas Octagenários não recebem benefícios?". Ela lamentou que: "são idosos que contribuíram e depois foram abandonados, mas seguem fazendo cultura na cidade", sua luta é para o “Respeito ao Artista". Fotos abaixo com violão foto de @natáliaelmor, com vestido laranja foto de @fabicruz.
Em 2016 lançou projeto do disco EP "TREMinhão Mineirices & Poesia", com obras 100% com artistas locais, incluindo a famosa canção “Fragmentos” e "Pão de Queijo com Vatapá", uma homenagem ao encontro das culturas mineiras e baianas, e as montanhas de Minas Gerais. Foi em Ibitipoca que finalizaram com essa canção de autoria de Sil Andrade e Driano Barboza, junto com do poeta baiano Ugo Soares, uma bela homenagem ao centenário do compositor Dorival Caymmi que residiu na pequena São Pedro de Pequeri - MG. Toda essa poesia e história no áudio abaixo.
Em 2022 Sil Andrade recebeu o Trofeu Zeneida Theresinha Delgado na categoria Arte (foto abaixo), uma homenagem da Camara Municipal de Juiz de Fora e do Conselho Municipal da Pessoa Idosa para as pessoas acima de 60 anos que contribuíram para o Município de Juiz de Fora. Para coroar sua carreira em 2023 Sil foi indicada para receber no dia 24.08.2023 a Medalha Geraldo Pereira, juiz-forano que foi um inovador da Música Popular Brasileira (MPB) e um dos principais expoentes do samba sincopado. É importante reconhecer e distinguir aqueles que batalham pela arte e pela cultura como Sil Andrade é, na verdade fazer uma retribuição. Fotos abaixo do vestido azul com violão na mão de @raquelMP e com violão e quadros ao fundo por @brendhatorres.
Em 2018 ela teve uma felicidade enorme ao ver que o Executivo municipal sancionou e declarou o samba “Princesinha de Minas” como Hino Popular de Juiz de Fora, de autoria do amigo e compositor Armando Fernandes Aguiar, o Mamão. O hino recebeu a mesma importância que o Hino Oficial do município e para esta reportagem na RCWTV Sil Andrade disponibilizou a prévia (curtam o áudio abaixo com exclusividade).
Em agosto de 2023 Sil Andrade lançou de forma autoral o EP Digital “Semente de Mamão” com três canções do autor Mamão e sua interpretação da música "Princesinha de Minas" em comemoração dos 85 anos no Mamão. (foto abaixo)
Nossa Embaixadora da Bossa morou no exterior e graças aos Deuses voltou para casa. Obrigado Sil.
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