O ministro Luis Roberto Barroso foi alvo de mais um pedido de impeachment na semana passada, depois de participar do Congresso da Une em Brasília. É o 18º apresentado contra ele, mas não se comparam aos 40 que miram Alexandre de Moraes.
Moraes se tornou o rosto do Supremo ao relatar os inquéritos mais controversos do úlltimos anos. A notoriedade não traz apenas prestígio, a família do ministro deu nesta semana à Polícia Federal sua versão sobre o incidente com brasileiros no aeroporto de Roma, quando o ministro e sua família tinham sido chamados de comunistas e seu filho agredido fisicamente.
Relatado por Moraes, o inquérito das Fake News foi aberto pelo STF há quatro anos, de ofício sem provocação do Ministério Público Federal, sob o pretexto de proteger os ministros da corte. Depois dele, Moraes também assumiu o inquérito dos atos antidemocráticos, entre outros que tinham o propósito de proteger a democracia brasileira.
Também é alvo de pedido de impeachment, Antõnio Dias Taffoli, que presidia o tribunal em 2019, quando determinou a abertura do inquérito das Fake News, assumido por Moraes.
Taffoli foi alvo de 12 pedidos de impeachent e sai logo a frente do colega Gilmar Mendes, com 11 questionamentos formais aguardando apreciação do Senado.
Mais discretos os outros ministros aparecem na lista. Indicados recentemente por Jair Bolsonaro, André Mendonça e Kassio Nunes Marques são os únicos da corte contra os quais ainda não foi apresentado nenhum pedido de impedimento.
As representações contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes foram apresentadas por membros da sociedade civil, deputados e senadores que compõem a base de apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O mandato de Moraes termina em junho de 2024.