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Terça-feira, 08 de Outubro de 2024
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Justiça

"Operação Mata Atlântica em Pé 2024 revela desmatamento ilegal em mais de 17 mil hectares em 17 estados"

As multas já somam mais de R$ 137 milhões, marcando o recorde da operação. A fiscalização utiliza monitoramento por satélite para identificar as áreas afetadas. Piauí, Minas Gerais e Espírito Santo foram os estados com maior extensão fiscalizada.

Cristiane Oliveira
Por Cristiane Oliveira
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MPMG
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A Operação Mata Atlântica em Pé encerrou sua sétima edição nacional nesta sexta-feira, 27 de setembro, com a identificação de 17.124 hectares de desmatamento ilegal de vegetação nativa em todo o país. Em comparação, 2023 registrou 15,4 mil hectares desmatados, e 2022 teve 11,9 mil hectares. Ao longo deste ano, foram fiscalizados 1.248 alertas, resultando em multas que totalizam R$ 137.515.308,05 até o momento, sendo o maior valor já registrado pela operação, com alguns estados ainda finalizando os cálculos.CIIP1964.JPG

Para o promotor de Justiça e coordenador de Meio Ambiente do MPMG, Carlos Eduardo Ferreira Pinto, em meio às constantes queimadas e às mudanças climáticas, a proteção da Mata Atlântica é fundamental para o bem-estar das gerações atuais e futuras. Segundo ele, "essa é uma iniciativa pioneira que, através de ações coordenadas e o uso de tecnologia, consegue ampliar a proteção desse ecossistema essencial".

Os estados com maior área fiscalizada foram Piauí, Minas Gerais e Espírito Santo, que registraram também os maiores índices de desmatamento de vegetação nativa. Piauí liderou com 7.300 hectares desmatados, seguido de Minas Gerais com 2.854 hectares e Espírito Santo com 1.029 hectares. Além disso, Minas Gerais foi o estado com o maior valor de multas aplicadas, somando R$ 56,2 milhões.

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Os dados foram divulgados durante uma coletiva de imprensa realizada pelo MPMG na tarde desta sexta-feira. Além do promotor de Justiça Carlos Eduardo, o evento contou com a participação de Alexandre Gaio, promotor de Justiça e presidente da Abrampa; Malu Ribeiro, diretora de Políticas Públicas da SOS Mata Atlântica; Marcos Rosa, coordenador técnico do MapBiomas Brasil; Edson Luiz de Carvalho Barbosa, superintendente nacional de Riscos Especializados da Caixa Econômica Federal; Marília Melo, secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de MG; e Leonardo Rodrigues, secretário de Estado Adjunto da Semad.

Em Minas Gerais, 113 alvos foram fiscalizados em 39 municípios das regiões Norte e Vale do Jequitinhonha, resultando em mais de R$ 56,2 milhões em multas e no embargo de cerca de 2.854 hectares de áreas desmatadas ilegalmente. Esse montante representa um aumento significativo em relação ao ano anterior, quando 55 alvos foram autuados, com multas que superaram R$ 9 milhões, e a supressão de aproximadamente 1.020 hectares de vegetação nativa. Em 2024, a área fiscalizada foi 280% maior do que a registrada no ano passado.

A operação, que utiliza tecnologia de monitoramento por satélite através do MapBiomas, permite a detecção precisa de desmatamentos em alta resolução. As equipes localizam e visitam as propriedades com indícios de irregularidades, e os responsáveis, ao serem flagrados em ilícitos ambientais, são autuados e podem enfrentar processos nas esferas cível e criminal, além de sanções administrativas que impactam o registro de suas propriedades e o acesso a crédito no sistema financeiro.

Alexandre Gaio, promotor de justiça do MPPR e presidente da Abrampa, destacou que a Operação Mata Atlântica em Pé tem consolidado uma cultura de fiscalização eficaz contra o desmatamento ilegal, com o uso de inteligência e o engajamento contínuo dos Ministérios Públicos e órgãos ambientais. Ele também enfatizou que essa ação tem contribuído para a redução do desmatamento e ajudado no enfrentamento das mudanças climáticas. De acordo com o IPCC, o desmatamento exacerba as mudanças climáticas e eventos extremos, enquanto a redução da degradação florestal é uma medida eficaz para mitigar esses efeitos globalmente.

 

FONTE/CRÉDITOS: Diretoria de Conteúdo Jornalístico
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Cristiane Oliveira

Publicado por:

Cristiane Oliveira

Técnica em Administração e estudante do 7º período de Jornalismo na Uniasselvi.

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