A prisão de Ronaldo Nobre dos Santos, conhecido como “Coxinha”, condenado a mais de 22 anos de prisão por estupro, homicídio, roubo, furto e ameaça, foi realizada na terça-feira, 23, em Belo Horizonte, com o auxílio do Banco de Perfis Genéticos (BPG) do estado. A identificação do criminoso foi possível graças a um procedimento operacional padrão entre o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC), do Instituto de Criminalística da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).
A PCMG integra, juntamente com outros 21 estados, a Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), que contém quase duzentas mil amostras. Os materiais coletados são analisados pela PCMG através do Laboratório de DNA do Instituto de Criminalística e cadastrados em uma base de dados nacional.
Segundo a promotora de Justiça Paloma Coutinho Carballido, do Núcleo de Execução Penal do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Criminais (Caocrim), a Polícia Técnico-Científica informou ao MPMG sobre Ronaldo ser um estuprador por meio de “matchs”¹ de material biológico dele e de vítimas de estupro e homicídio.
“Match” é a coincidência entre perfis genéticos obtida no BPG, que pode ser observada na análise de casos de DNA, completos ou incompletos. “Isso nos chamou a atenção, porque foi mais de um caso. A partir daí, investigamos a origem de Ronaldo no sistema prisional e nas informações policiais, descobrindo que ele já havia sido condenado pela Justiça e estava foragido desde 2018”, explica Paloma Coutinho.
O procedimento padrão entre a PCMG e o MP determina que todas as comunicações de “matchs” sejam feitas tanto para a delegacia responsável pela investigação criminal quanto para o Caocrim.
De acordo com o perito criminal Giovanni Vitral, chefe do laboratório de DNA da Polícia Civil, Minas possui o maior banco de perfis genéticos do Brasil, com 31.010 perfis genéticos cadastrados, dos quais 26.169 são de condenados.
Segundo Giovanni, o banco de perfis genéticos possibilita a identificação de autoria para casos criminais em que, inicialmente, não há suspeitos, devido à presença de condenados por crimes graves contra a pessoa e contra a liberdade sexual. “Além disso, o banco pode ser utilizado para inocentar pessoas que estejam respondendo por crimes que não cometeram”, destaca Giovanni.
Análise: O perito criminal explica que o laboratório inicia seus trabalhos com exames de triagem em amostras biológicas coletadas em locais de crime (vestígios), pesquisando esperma e sangue humano. Após a triagem, é feita a análise do DNA presente nas amostras. O perfil genético (sequência numérica que identifica um indivíduo) obtido nas amostras analisadas pode ser confrontado com vítimas e/ou suspeitos de terem cometido o crime.
Uma vez que os perfis genéticos obtidos dos vestígios coletados em locais de crime e de vítimas de crimes sexuais são inseridos no Banco Nacional, é possível realizar a confrontação em busca de coincidências, indicando que o mesmo indivíduo pode ter cometido crimes em diferentes locais, pois seu material genético foi relacionado a diversas cenas de crime. “Essas amostras ainda podem ser comparadas com os perfis genéticos de condenados, sendo fundamental para elucidar a autoria e evitar condenações equivocadas”, esclarece Giovanni.
Banco de Perfis Genéticos: O cadastro de perfis genéticos atende a requisitos legais. No campo da investigação criminal, os materiais inseridos no BNPG incluem, em sua maioria, vestígios coletados em locais de crimes e de vítimas de crimes sexuais, além de pessoas condenadas criminalmente, conforme a Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210/1984) - crime doloso praticado com violência grave contra a pessoa, crime contra a vida, contra a liberdade sexual ou crime sexual contra vulnerável.
A prisão de Ronaldo Nobre dos Santos, conhecido como “Coxinha”, condenado a mais de 22 anos de prisão por estupro, homicídio, roubo, furto e ameaça, foi realizada na terça-feira, 23, em Belo Horizonte, com o auxílio do Banco de Perfis Genéticos (BPG) do estado. A identificação do criminoso foi possível graças a um procedimento operacional padrão entre o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC), do Instituto de Criminalística da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).
A PCMG integra, juntamente com outros 21 estados, a Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), que contém quase duzentas mil amostras. Os materiais coletados são analisados pela PCMG através do Laboratório de DNA do Instituto de Criminalística e cadastrados em uma base de dados nacional.
Segundo a promotora de Justiça Paloma Coutinho Carballido, do Núcleo de Execução Penal do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Criminais (Caocrim), a Polícia Técnico-Científica informou ao MPMG sobre Ronaldo ser um estuprador por meio de “matchs”¹ de material biológico dele e de vítimas de estupro e homicídio.
“Match” é a coincidência entre perfis genéticos obtida no BPG, que pode ser observada na análise de casos de DNA, completos ou incompletos. “Isso nos chamou a atenção, porque foi mais de um caso. A partir daí, investigamos a origem de Ronaldo no sistema prisional e nas informações policiais, descobrindo que ele já havia sido condenado pela Justiça e estava foragido desde 2018”, explica Paloma Coutinho.
O procedimento padrão entre a PCMG e o MP determina que todas as comunicações de “matchs” sejam feitas tanto para a delegacia responsável pela investigação criminal quanto para o Caocrim.
De acordo com o perito criminal Giovanni Vitral, chefe do laboratório de DNA da Polícia Civil, Minas possui o maior banco de perfis genéticos do Brasil, com 31.010 perfis genéticos cadastrados, dos quais 26.169 são de condenados.
Segundo Giovanni, o banco de perfis genéticos possibilita a identificação de autoria para casos criminais em que, inicialmente, não há suspeitos, devido à presença de condenados por crimes graves contra a pessoa e contra a liberdade sexual. “Além disso, o banco pode ser utilizado para inocentar pessoas que estejam respondendo por crimes que não cometeram”, destaca Giovanni.
Análise: O perito criminal explica que o laboratório inicia seus trabalhos com exames de triagem em amostras biológicas coletadas em locais de crime (vestígios), pesquisando esperma e sangue humano. Após a triagem, é feita a análise do DNA presente nas amostras. O perfil genético (sequência numérica que identifica um indivíduo) obtido nas amostras analisadas pode ser confrontado com vítimas e/ou suspeitos de terem cometido o crime.
Uma vez que os perfis genéticos obtidos dos vestígios coletados em locais de crime e de vítimas de crimes sexuais são inseridos no Banco Nacional, é possível realizar a confrontação em busca de coincidências, indicando que o mesmo indivíduo pode ter cometido crimes em diferentes locais, pois seu material genético foi relacionado a diversas cenas de crime. “Essas amostras ainda podem ser comparadas com os perfis genéticos de condenados, sendo fundamental para elucidar a autoria e evitar condenações equivocadas”, esclarece Giovanni.
Banco de Perfis Genéticos: O cadastro de perfis genéticos atende a requisitos legais. No campo da investigação criminal, os materiais inseridos no BNPG incluem, em sua maioria, vestígios coletados em locais de crimes e de vítimas de crimes sexuais, além de pessoas condenadas criminalmente, conforme a Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210/1984) - crime doloso praticado com violência grave contra a pessoa, crime contra a vida, contra a liberdade sexual ou crime sexual contra vulnerável.
Autor de estupros em série em Belo Horizonte e inserido na lista de procurados do MPMG é preso na capital
Com informações da Agência Minas
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