A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) divulgou, nesta quinta-feira (29/2), os resultados preocupantes do primeiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LirAa/LIA) do ano, realizado entre 8 e 27 de janeiro. O estudo, crucial para a definição de estratégias contra o mosquito transmissor de dengue, chikungunya e zika, envolveu 808 municípios mineiros.
Dos municípios analisados, 137 apresentaram Índice de Infestação Predial (IIP) igual ou inferior a 0,9, indicando um cenário satisfatório e de baixo risco para a transmissão das doenças. Contudo, 366 municípios se encontram em estado de alerta e 305 em risco elevado, sinalizando uma urgente necessidade de ações preventivas e de controle.
Eduardo Prosdoscimi, subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, ressaltou que a maioria dos focos do Aedes aegypti está em ambientes domiciliares, especialmente em recipientes que acumulam água. Ele enfatizou a importância da mobilização coletiva no combate ao mosquito, destacando a necessidade de eliminar pontos de água parada dentro e ao redor das residências.
O LirAa/LIA, além de mapear os locais e tipos de recipientes onde há proliferação do mosquito, orienta as ações de combate, destacando a prevalência de depósitos móveis, como vasos de plantas e pratinhos, entre os mais infestados. O levantamento também aponta para a relevância de lixo, sucatas e entulhos como criadouros potenciais.
Prosdoscimi ressaltou a importância de um esforço contínuo na prevenção, especialmente durante os períodos mais propícios à reprodução do mosquito, como a estação chuvosa. Ele pediu a colaboração de todos na eliminação de criadouros e na adoção de medidas simples, como a limpeza semanal de bebedouros de animais e a manutenção de calhas e ralos.
A SES-MG lembra que o combate ao Aedes aegypti é uma responsabilidade compartilhada, que exige a participação ativa da população, autoridades de saúde e agentes de combate a endemias. Ações como mutirões de limpeza e campanhas educativas são essenciais para reduzir os riscos de transmissão das arboviroses em Minas Gerais.