O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, participou nesta terça-feira (23/5) de um evento para assinar o Protocolo de Intenções entre o governo do estado e municípios visando o desenvolvimento de ações preventivas conjuntas para redução do desmatamento ilegal. O protocolo, intitulado "Minas Contra o Desmatamento", foi assinado pelas prefeituras das regiões com maior incidência de desmatamento, com base em fiscalizações realizadas pelo Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema).
Zema reforçou o compromisso do governo no combate ao desmatamento ilegal e pediu a atenção dos prefeitos para essa questão. O governador ressaltou a importância de agilizar as fiscalizações para evitar o avanço do desmatamento no estado. O objetivo é acompanhar de perto as áreas críticas e garantir uma atuação mais rápida e efetiva.
Nesse sentido, a união de esforços entre o poder público, setor produtivo, terceiro setor e sociedade é fundamental para obter resultados mais efetivos. O plano de ação para combate ao desmatamento, válido para o biênio 2023-2024, prevê o fortalecimento do diálogo com os setores produtivos e governos municipais, conscientizando a sociedade sobre as consequências do desmatamento ilegal e promovendo a regularização das intervenções.
Fiscalização
No primeiro trimestre de 2023, foram realizadas 2.946 fiscalizações ambientais em Minas Gerais com o objetivo de conter o desmatamento. Essas fiscalizações resultaram em 1.920 infrações relacionadas ao desmatamento.
Durante esse período, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) realizou 52 operações em conjunto com a Polícia de Meio Ambiente de Minas Gerais (PMMG) para combater o desmatamento ilegal.
Comparando com os anos anteriores, em 2021 foram fiscalizados 13 mil hectares de área do Cerrado e 4,3 mil hectares da Mata Atlântica em Minas Gerais. Já em 2022, os números aumentaram para 20,5 mil hectares fiscalizados no Cerrado e 9 mil hectares na Mata Atlântica. Até abril de 2023, foram fiscalizados 5 mil hectares no Cerrado e 845 hectares na Mata Atlântica.
As ações de fiscalização do desmatamento são direcionadas com base em vários fatores, incluindo o monitoramento contínuo da vegetação nativa realizado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). Esse monitoramento permite detectar mudanças na cobertura do solo em um curto intervalo de tempo, facilitando a identificação de áreas desmatadas ilegalmente.
No primeiro trimestre de 2023, foi identificado um total de 5.650 hectares de áreas desmatadas, especialmente nas regiões Norte e Noroeste do estado. Os municípios de Januária, Bonito de Minas, João Pinheiro, Santa Fé de Minas, Buritizeiro, Coromandel, Paracatu, Chapada Gaúcha, Várzea da Palma e Três Marias apresentaram os maiores focos de desmatamento nesse período.
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