A Secretaria de Saúde de Juiz de Fora convocou os prestadores de serviços hospitalares para uma reunião alarmante, que levantou preocupações sérias sobre a situação financeira dos hospitais conveniados. Durante o encontro, o Secretário de Saúde revelou que a Prefeitura enfrenta dificuldades orçamentárias similares às do ano passado. Um problema crucial é a viração fiscal, imposta pelo artigo 167 da Constituição Federal, que limita as despesas de custeio em 95% da receita anual, comprometendo a capacidade da Prefeitura de cumprir com os repasses federais aos hospitais.
A situação se agrava com o atraso no pagamento do repasse de setembro, e o Secretário anunciou que não será possível honrar o contrato atual integralmente até o final do ano. Essa restrição pode resultar em um contingenciamento significativo nos repasses federais, impactando diretamente os serviços prestados.
O cenário é preocupante: com a diminuição dos recursos, os hospitais podem enfrentar dificuldades para atender a demanda, reduzindo a capacidade de realização de exames e atendimentos de alta complexidade. A consequência disso se estende a quase um milhão de pessoas que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) na macro região de Juiz de Fora e nas cidades vizinhas da Zona da Mata.
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Os gestores hospitalares expressaram preocupações sobre o pagamento de funcionários e fornecedores, essenciais para a operação dos serviços. A incerteza sobre a continuidade dos repasses coloca em risco a qualidade dos atendimentos prestados à população.
Diante deste quadro alarmante, espera-se que as próximas reuniões tragam esclarecimentos e soluções para evitar um colapso no sistema de saúde local. A situação exige uma resposta rápida e efetiva das autoridades para garantir que os cidadãos tenham acesso aos serviços de saúde que precisam, sem interrupções.