O Serviço Geológico do Brasil (SGB) concluiu a elaboração da Carta Geotécnica de Aptidão à Urbanização do município de Juiz de Fora. O documento foi produzido após solicitação da Defesa Civil da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF). O objetivo principal é identificar características dos terrenos e definir sua capacidade de suportar usos, práticas de engenharia e urbanismo com segurança, visando evitar a ocupação em futuras áreas de risco, além de mitigar danos causados por eventos geológicos.
O trabalho, conduzido pelo Serviço Geológico do Brasil – SGB/CPRM e conduzido pelo Departamento de Gestão Territorial (DEGET), da Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial (DHT), nos anos de 2024 e 2025, consistiu em um levantamento detalhado de informações do meio físico.
Para isso, foram realizadas atividades de campo em abril e junho de 2024, nas quais a equipe técnica descreveu características como geologia, solos, materiais e geomorfologia e registrou feições ligadas a desastres naturais como movimentos de massa e inundações. A Defesa Civil de Juiz de Fora contribuiu na definição das áreas analisadas e acompanhou o trabalho em campo.
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A Carta Geotécnica de Aptidão à Urbanização de Juiz de Fora é um documento técnico fundamental que estabelece um diagnóstico detalhado das características do solo e subsolo em uma significativa porção da zona de expansão urbana, abrangendo aproximadamente 60 km², o que configura uma das maiores áreas já contempladas com este produto pelo Serviço Geológico do Brasil em território nacional. Atualmente, Juiz de Fora figura entre os 22 municípios brasileiros que dispõem deste instrumento. “Para otimizar sua aplicação no planejamento e gestão territorial, este valioso dispositivo será disponibilizado para fins de que seja integrado nas rotinas de diversos setores da Prefeitura. A carta tem como objetivo principal indicar, com clareza e precisão, as áreas aptas ao processo de urbanização e aquelas que impõem restrições ou demandam intervenções de engenharia para mitigar riscos e garantir a segurança das ocupações futuras”, afirma o gerente do Departamento de Gestão de Desastres da Defesa Civil, Joviano Assis.
O resultado é um documento cartográfico que apresenta dois planos de informação principais: as Unidades Geotécnicas, que combinam o substrato rochoso com as coberturas superficiais, e as Áreas de Aptidão à Urbanização. Em suma, a Carta Geotécnica de Aptidão à Urbanização de Juiz de Fora não é apenas um mapa, mas uma ferramenta de inteligência territorial. A correta utilização e a integração das informações nas políticas públicas é um passo decisivo para que o município avance em direção a um futuro em que o desenvolvimento urbano caminha lado a lado com a segurança da população e a preservação ambiental, construindo uma cidade cada vez mais resiliente.
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