A guerra entre Israel e os terroristas Hamas entrou no segundo mês nesta terça-feira (7) com a cidade de Gaza, a mais importante da região, completamente cercada, segundo as FDI (Forças de Defesa de Israel). Com o norte do território palestino, a guerra chega a sua terceira — e mais complexa — fase.
Ao longo das últimas semanas, Israel iniciou um intenso bombardeio aéreo em resposta ao ataque do dia 7 de outubro e, há cerca de dez dias, começou as incursões por terra, o que foi chamado de segunda fase do conflito.
As imagens de satélite mostram a divisão que o Exército de Israel fez na Faixa de Gaza. O norte, onde está localizada a cidade de Gaza, ficou isolado e cercado nas fronteiras. O sul é a área onde estão alguns dos grandes campos de refugiados e é a região para onde os civis palestinos foram orientados a se deslocar em busca de abrigo.
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A estratégia permitiu cercar completamente o ponto estratégico de operações do Hamas. Com isso, Israel anunciou na terça-feira que seus soldados já operam "no coração da cidade de Gaza". "Estamos no centro de Gaza", declarou o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, em uma coletiva de imprensa.
"É a maior base terrorista jamais construída", disse o ministro, citando a infraestrutura construída pelo Hamas ao longo dos anos.
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Os analistas militares advertem que estão por vir semanas de sangrentos combates terrestres em Gaza, de onde Israel se retirou em 2005. A última incursão terrestre de Israel aconteceu em 2014.
"O Hamas teve 15 anos para preparar uma densa defesa em profundidade, com fortificações subterrâneas, no nível do solo e na superfície", afirmou Michael Knights, do Washington Institute.
Especula-se que o Hamas usará táticas de guerrilha urbana — como armadilhas explosivas, emboscadas e ataques-surpresa — para resistir o máximo que puder ao avanço das forças israelenses.
Apesar de ter se preparado por anos para confrontar Israel, o Hamas não tem a mesma capacidade ofensiva nem tecnológica do inimigo.
A operação não está isenta de dificuldades para Israel devido à presença de reféns, entre os quais há crianças e idosos. Acredita-se que eles estão retidos no interior de uma rede de túneis de centenas de quilômetros. Os próximos dias marcarão mais uma fase do conflito, que deverá ser longo, segundo análises do próprio Exército israelense.
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