O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a medida oficial da inflação no Brasil, revela que os preços aumentaram 0,42% em janeiro, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (8). Essa taxa representa uma desaceleração em comparação com o mês anterior, quando o IPCA registrou uma alta de 0,56% em dezembro. Em janeiro do ano anterior (2023), a inflação foi de 0,53%. A inflação acumulada nos últimos 12 meses atingiu 4,51%.
Os números surpreenderam as expectativas do mercado financeiro, que esperava um aumento de 0,35% nos preços em janeiro, com uma alta acumulada de 4,43%.
Dos nove grupos pesquisados pelo IBGE, sete registraram aumento em janeiro. Mais uma vez, o grupo de Alimentação e Bebidas se destacou, com a maior variação (1,38%) e o maior impacto (0,29 ponto percentual) no índice geral de inflação. Essa alta é a maior desde abril de 2022 (2,06%) e representa uma piora em relação ao mês anterior, quando houve um aumento de 1,11% e um impacto de 0,23 ponto percentual.
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Dentro do grupo de Alimentação e Bebidas, a Alimentação no Domicílio foi o principal impulsionador, com um aumento de 1,81% no mês. Destacam-se os aumentos nos preços da cenoura (43,85%), batata-inglesa (29,45%), feijão-carioca (9,70%), arroz (6,39%) e frutas (5,07%).
A Alimentação Fora do Domicílio teve uma desaceleração em relação a dezembro, passando de 0,53% para 0,25% de alta. Os preços do lanche (0,32%) e da refeição (0,17%) aumentaram menos intensamente do que no mês anterior (0,74% e 0,48%).
Segue o resultado dos grupos do IPCA: - Alimentação e Bebidas: 1,38%; - Habitação: 0,25%; - Artigos de Residência: 0,22%; - Vestuário: 0,14%; - Transportes: -0,65%; - Saúde e Cuidados Pessoais: 0,83%; - Despesas Pessoais: 0,82%; - Educação: 0,33%; - Comunicação: -0,08%.