Belo Horizonte, A economia de Minas Gerais demonstra sua robustez no cenário do comércio internacional. Em março de 2025, a balança comercial do estado registrou um expressivo superávit de US$ 2,4 bilhões. Com este resultado positivo, o acumulado dos três primeiros meses do ano (janeiro a março) atinge a marca de US$ 9,9 bilhões em exportações contra US$ 4,3 bilhões em importações, gerando um superávit total de US$ 5,6 bilhões.
Os dados, divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/Mdic) e analisados em um painel interativo da Fundação João Pinheiro (FJP), revelam um crescimento de 8,9% nas exportações e de 17,9% nas importações em comparação com março de 2024.
Um destaque especial no mês de março foi o desempenho de seis municípios mineiros: Varginha, Araxá, Guaxupé, Conceição do Mato Dentro, Nova Lima e Paracatu. Juntos, eles foram responsáveis por um volume de exportações de US$ 1,3 bilhão, evidenciando a diversidade e a força do setor produtivo em diferentes regiões do estado.
- Varginha liderou as exportações em março, com US$ 325 milhões em vendas, concentradas principalmente em café com destino à Alemanha e aos Estados Unidos.
- Araxá se posicionou em seguida, com US$ 251,3 milhões, impulsionada pela exportação de produtos siderúrgicos, como o ferro-nióbio, majoritariamente adquirido pela Holanda e pela China.
- Guaxupé contribuiu com US$ 234,9 milhões, também com o café como principal produto de exportação, tendo a Alemanha e os Estados Unidos como seus maiores compradores.
- Conceição do Mato Dentro registrou US$ 214,4 milhões em vendas externas, com destaque para o minério de ferro, comercializado principalmente com o Bahrein e a China.
- Nova Lima alcançou US$ 191 milhões em exportações, com o minério de ferro e o ouro sendo os principais produtos destinados à China e ao Canadá.
- Paracatu completou o grupo dos destaques, com US$ 127,7 milhões em exportações, essencialmente de ouro para o Canadá.
Minas Gerais se consolidou como o segundo maior exportador do Brasil em março de 2025, representando 13,1% do comércio internacional do país. O estado ficou atrás apenas de São Paulo (18,6%). No âmbito nacional, o superávit comercial em março foi de US$ 8,2 bilhões, com um aumento de 5,5% nas exportações e de 2,6% nas importações em relação ao mesmo período do ano anterior.
No acumulado do ano, as exportações de café apresentaram um crescimento expressivo de 76,7% em valor, apesar de um avanço modesto de 3,1% no volume em comparação com o primeiro trimestre de 2024. Por outro lado, o minério de ferro registrou um decréscimo de 31,9% no valor exportado e de 11,6% no volume vendido. Juntos, café e minério de ferro representaram mais de 50% da pauta de exportações de Minas Gerais, com participações de 28,9% e 25,3%, respectivamente.
A China se manteve como o principal destino das exportações mineiras no período, com uma participação de 30,7% no valor total, seguida pelos Estados Unidos, com 11,3%.
No que diz respeito às importações, o crescimento acumulado de 22% foi impulsionado principalmente pelo aumento nas compras de máquinas e equipamentos mecânicos (34,2%), veículos automóveis (36,6%), produtos químicos orgânicos (58,1%) e produtos farmacêuticos (150,2%). As máquinas e equipamentos elétricos registraram uma queda de 20,2%. China (26,6%) e Estados Unidos (12,7%) também foram os principais países de origem das importações mineiras.
Os dados detalhados e atualizados do comércio internacional de Minas Gerais e seus municípios estão disponíveis para consulta no painel interativo desenvolvido pela Fundação João Pinheiro (FJP), oferecendo uma visão completa e dinâmica do desempenho da economia mineira no mercado global.
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