Com o objetivo de fortalecer a interação entre pesquisadores paulistas e empresas italianas, a FAPESP realizou, no dia 14 de junho, o seminário "Dia da Itália: universidade, empresa, governo – a criação de um ecossistema". Atualmente, 15% da pesquisa colaborativa entre cientistas do Estado de São Paulo e da Itália envolve empresas.
Potencial de Crescimento na Pesquisa Colaborativa
Segundo Domenico Fornara, cônsul-geral da Itália em São Paulo, a celebração dos 150 anos da imigração italiana no Brasil é uma oportunidade para discutir como investir mais nas trocas bilaterais, especialmente em pesquisa e inovação em parceria com empresas.
Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP, apresentou dados que mostram a relevância da cooperação científica e tecnológica. Nos últimos três anos, essa colaboração resultou na publicação anual de mais de 200 artigos científicos de alto impacto. "O impacto dessa produção é de altíssima qualidade, equivalente a 11 vezes a média mundial", destacou.
Áreas de Cooperação e Expansão
As áreas com maior nível de cooperação incluem saúde, energia e agricultura. No entanto, a FAPESP busca expandir essa colaboração para setores tecnológicos, engenharia e automotivo, conforme apontou Zago. Domenico Fornara elencou áreas como transporte sustentável, transição energética, inteligência artificial, tecnologia da informação, ciências da vida, engenharia de materiais e aeroespacial como potenciais para aumentar a interação.
Exemplos de Cooperação Empresarial
Mário Batista, vice-presidente da Pirelli no Brasil, destacou a presença da empresa em Campinas com laboratórios de pesquisa focados em materiais e inovação. Ele enfatizou a necessidade de aumentar a cooperação com a FAPESP, especialmente em projetos relacionados a pneus para carros elétricos e reciclagem de pneus.
Guilherme Lencastre, presidente da Enel Brasil, ressaltou a importância da parceria com universidades e instituições de pesquisa para abordar desafios como a transição energética e a previsão de eventos climáticos extremos.
Instrumentos de Apoio à Pesquisa
Eduardo Zancul, da Coordenação Adjunta de Pesquisa para Inovação da FAPESP, explicou que programas como o Centro de Pesquisa Aplicada (CPA), o Apoio à Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE) e o Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) são fundamentais para fomentar a colaboração em pesquisa com empresas italianas.
Protocolo Executivo Bilateral
Fornara mencionou a negociação de um novo protocolo executivo bilateral, visando expandir a colaboração em pesquisa para outras áreas. O programa trienal apoiará projetos em colaboração entre centros de pesquisa do Brasil e da Itália, com foco em temas como produção de eletricidade, hidrogênio verde e nanotecnologia.
Parcerias Acadêmicas
Fabio Naro, adido científico da embaixada da Itália, destacou que o Brasil é o quinto parceiro acadêmico da Itália no mundo, com as universidades italianas mantendo mais parcerias com o Brasil do que com muitos outros países europeus.
O seminário contou com a participação de diversas autoridades, incluindo Vahan Agopyan, secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação; Carlos Gilberto Carlotti Junior, reitor da USP; e Anderson Correia, diretor-executivo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), entre outros.
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