Na última quinta-feira, 10 de outubro, os alunos da Escola Municipal Dilermando Cruz Filho, localizada no Bairro Vila Ideal, participaram do segundo encontro do projeto “Casa da Mulher nas Escolas”. Esta iniciativa é uma colaboração entre a Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) e a Secretaria de Educação (SE) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), com o objetivo de abordar diferentes tipos de violência no ambiente escolar.
Durante o encontro, a assessora de políticas públicas para mulheres da SEDH, Ana Carolina Sales, dialogou com os estudantes do 9º ano sobre a **Lei Maria da Penha**, destacando suas implicações e a importância das denúncias. A conversa envolveu não apenas a legislação em si, mas também os diversos cenários e formas de violência que podem ocorrer no dia a dia dos jovens. Os alunos foram incentivados a refletir sobre suas próprias experiências e perspectivas, preparando-se para um debate que ocorrerá no próximo mês. Este debate permitirá que eles apresentem argumentos sobre o tema, promovendo um espaço para que compartilhem suas vivências e opiniões.
Ana Carolina Sales enfatizou a relevância dessa abordagem educativa: “É uma forma de avançarmos no combate e na prevenção de todos os tipos de violência. A ideia é que o projeto seja multiplicador, aguçando o senso crítico e a análise dos fenômenos sociais por estes jovens, a partir de um debate horizontal e participativo.” Essa visão busca não apenas informar, mas também acolher mulheres e crianças que possam ser vítimas de violência.
O projeto “Casa da Mulher nas Escolas” se insere em um contexto mais amplo de iniciativas educativas voltadas para a prevenção da violência contra as mulheres. A Lei Maria da Penha, sancionada em 2006, é considerada uma das melhores legislações do mundo na proteção às mulheres em situação de violência doméstica. Programas semelhantes têm sido implementados em diversas regiões do Brasil, como o “Maria da Penha vai à Escola”, que visa sensibilizar alunos e educadores sobre os direitos das mulheres e as formas de enfrentamento à violência.
A importância dessas iniciativas é reforçada pela necessidade de criar uma cultura escolar que não apenas reconheça os direitos humanos, mas também promova a igualdade de gênero. A educação é vista como uma ferramenta fundamental para transformar comportamentos e atitudes em relação à violência. Ao discutir esses temas nas escolas, espera-se formar cidadãos mais conscientes e respeitosos.
Além das palestras e debates, o projeto também prevê atividades práticas que envolvem os alunos em discussões sobre empoderamento feminino e respeito às diferenças. Essas ações têm como objetivo não apenas informar, mas também engajar os estudantes em um processo contínuo de aprendizado e reflexão sobre as questões sociais que afetam suas vidas.
A participação ativa dos alunos é um dos pilares desse projeto. Ao se prepararem para o debate, eles são desafiados a pensar criticamente sobre o papel da sociedade na prevenção da violência e na promoção dos direitos das mulheres. Essa experiência educativa não só contribui para sua formação acadêmica, mas também os prepara para serem agentes de mudança em suas comunidades.
A continuidade desse projeto será fundamental para garantir que as discussões sobre violência contra a mulher permaneçam relevantes no ambiente escolar. Com isso, espera-se criar um espaço seguro onde todos possam expressar suas opiniões e experiências, contribuindo assim para um futuro mais justo e igualitário.