Um incêndio de grandes proporções na zona rural de Pedra do Anta, no sítio Bibiuba, resultou na trágica morte de dois irmãos na tarde de ontem, 1º de setembro de 2024. A guarnição de Viçosa foi acionada por volta das 15h e permaneceu no local até às 20h, lutando para controlar as chamas que consumiam a vegetação. Diante da dificuldade de acesso e do risco crescente de combate em uma área de mata, o chefe da guarnição optou por suspender os trabalhos, priorizando a segurança dos envolvidos.
A decisão foi tomada após análise das condições adversas: combater incêndios em vegetação já é uma tarefa arriscada durante o dia, e à noite, a visibilidade reduzida, associada ao cansaço dos bombeiros, elevava ainda mais o perigo. "Foi uma escolha difícil, mas preservar vidas foi a prioridade", destacou o bombeiro militar responsável pela ocorrência.
Antes de se retirarem, os bombeiros orientaram os trabalhadores da fazenda a não prosseguirem com o combate devido aos altos riscos. No entanto, durante a madrugada, familiares notaram o desaparecimento dos dois irmãos, de 38 e 47 anos, que residiam em uma propriedade vizinha e não eram funcionários da fazenda. As buscas, iniciadas imediatamente, revelaram o pior: os corpos dos irmãos foram encontrados carbonizados em uma área já queimada, distante da sede da fazenda.
A Polícia Militar de Pedra do Anta foi notificada e, junto com a perícia, esteve no local para levantar mais informações sobre as circunstâncias da tragédia. Os corpos foram liberados, e as autoridades seguem apurando o que pode ter levado as vítimas a arriscarem suas vidas na tentativa de controlar o incêndio.
A tragédia lança um alerta sobre os perigos de combater incêndios florestais sem o devido treinamento e equipamento, especialmente em áreas de difícil acesso e durante a noite, quando os riscos são ainda maiores.
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