O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad disse neste sábado (23/09), em São Paulo, que os instrumentos finaceiros para o plano de Transformação Ecológica do governo federal deverão estar aprovados no Congresso Nacional até o final do ano.
O plano foi apresentado pelo ministro em meados de agosto e visa a criação de uma taxonomia sustentável nacional, um conjunto de normas para reconhecer projetos ou ativos sustentáveis, e que possa servir de baliza para orientar investimentos públicos e privados.
¨Nós vamos terminar os instrumentos financeiros do Plano de Transformação Ecológica até o final do ano. O pojeto que regula o mercado de crédito de carbono já está no Senado. O projeto Combustível do Futuro já está na câmara, e a emissão dos primeiros títulos soberanos sustentáveis será feita nas próximas semanas¨, disse Haddad, em visita á Universidade de São Paulo (USP).
O ministro salientou que o Plano de Ação da Taxonomia Sustentável Brasileira - colocado em consulta pública na quinta -feira(21/09) - deverá entrar em funcionamento em 2025.¨Ontem, nós demos a público a consulta da taxonomia. E aí tem um trabalho de formulação e conclusão dos trabalhos. A taxonomia será voluntária em 2025 e obrigatória em 2026¨, afirmou.
Nesta visita à USP , no sábado (23/09), Haddad conhece as perquisas desenvolvidas pelo Centro de Pesquisa para Inovação em gases de efeito estufa da Escola Politécnica e presenciou pesquisas desenvolvidas para inovação em gases de efeito estufa.
O RCGI (Centro de Pesquisa para Inovação de gás da casa verde), é um centro de pesquisa em engenharia, e desenvolve pesquisas voltadas para o uso sustentável de gás natural, biogás, hidrogênio, gestão, transporte, armazenamento e uso de CO2 e o recebeu.
O Centro, em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e as empresas Shell Brasil, Raízen, Hytron, Senai Cetiqt e Toyota, produzirá hidrogênio renovável a partir do etano. Em agosto o RCGI, anunciou a primeira estação experimental de abastecimento, que será instalada na Cidade Universitária. A planta-piloto ocupará um área de 425 metros quadrados e terá capacidade de produzir 4,5 kg de hidrogênio por hora, quantidade suficiente para abastecer até 3 ônibus e um veículo leve. A previsão é de que a estação de experimentação esteja operando no segundo semestre de 2024.
A iniciativa surge como uma solução de baixo carbono para o transporte pesado, incluindo caminhões e ônibus. Os veículos deixarão de utilizar diesel e os tradicionais motores a combustão interna para começar a usar hidrogênio produzido a partir do etanol e motores equipados com células a combustível (fuell cell).
Fuell Cell é uma tecnologia que utiliza o hidrogênio e o oxigênio para gerar eletricidade com alta eficiência, e também vapor d'água quente resultante do processo químico na célula a combustível.
O hidrogênio produzido na estação vai abastecer os ônibus cedidos pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU), que circularão exclusivamente dentro da Cidade Universitária, e também um veículo Mirai, cedido pela Toyota Brasil para testar a performance do hidrogênio.
¨Eu vim conhecer o que me parece o projeto mais avançado na área de transformação ecológica do Brasil. A USP está liderando, com parcerias público-privadas e com órgãos públicos, uma pesquisa de ponta que é a transformação do etanol em hidrogênio que vai permitir acabar com a poluição em veículos motorizados. Eu vim assumir os compromissos com a Universidade e levar a proposta à consideração de órgãos federais e vou defender, com muito entusiasmo, que, esse projeto seja apoiado¨, destacou Haddad.
Segundo o ministro, o Plano de transformação Ecológica Federal e que esta transição pode ser um motor para a economia. O Plano, lançado em agosto, tem por objetivo proporcionar mudanças estruturantes na economia e no meio ambiente brasileiros.
¨Nosso objetivo com essa visita foi mostrar ao ministro que temos condições de sediar um projeto de grande porte como esse, não só na área de combustíveis renováveis como também em áreas como a agricultura. Essas propostas tem total apoio não só da USP, mas de outras Universidades parceiras para pesquisas que podem alavancar o desenvolvimento do país¨, afirmou o reitor da USP Carlos Gilberto Carlotti júnior.
Carlotti também ressaltou a importância desse modelo de financiamento que concentra os recursos em alguns grandes centros para otimizar resultados.
Fontes: agência Brasil, Jornal da USP
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