Governo de Minas e MPMG lançam projeto educacional antirracista: "Ginga"
Com o objetivo de promover a equidade racial, o Governo de Minas Gerais, em parceria com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), apresentou, nesta quarta-feira (4/12), o projeto “Ginga: Construindo uma Educação Antirracista em Minas Gerais”. A iniciativa busca impactar diretamente as 47 Superintendências Regionais de Ensino (SREs) da Secretaria de Estado de Educação (SEE/MG) e alcançar aproximadamente 3,4 mil escolas da rede estadual.
O projeto é voltado para a rede pública de ensino, que tem em sua maioria estudantes autodeclarados negros ou pardos, representando 62,6% das matrículas. No programa Trilhas de Futuro, essa proporção chega a 66,7%, consolidando a importância de iniciativas que dialoguem com essa realidade.
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Segundo o secretário de Educação de Minas Gerais, Igor de Alvarenga, o "Ginga" é um passo fundamental para ampliar a pauta antirracista nas escolas. “Nesta fase inicial, o projeto será implementado em uma escola de cada SRE do estado. Ele consiste em uma formação específica para gestores, professores e estudantes, promovendo debates e práticas inclusivas”, destacou.
Para Ana Carolina Zambom, promotora e coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Educação do MPMG, o projeto transforma a escola em um agente de mudança social. “Por meio de ferramentas teóricas e práticas, haverá discussões em sala de aula sobre temas antidiscriminatórios, fomentando uma nova mentalidade”, afirmou.
Metodologia
O "Ginga" aposta em uma abordagem prática e reflexiva para aprofundar a discussão sobre questões raciais nas escolas. Entre os materiais pedagógicos estão a Cartilha de Verbetes para uma Educação Antirracista, vídeos educativos e diretrizes pedagógicas que orientam o uso didático dos conteúdos.
A primeira etapa do projeto envolveu a apresentação da metodologia às SREs, que inclui workshops presenciais e virtuais ao longo de 18 meses. “Vamos acompanhar todo o processo para garantir que os resultados sejam alcançados com eficácia”, explicou Iara Viana, diretora do Instituto Agô e uma das idealizadoras da iniciativa.
Outros parceiros também estiveram presentes no lançamento, como o Instituto Pela Educação de Resultados (Iper), o promotor Allender Barreto Lima, da Coordenadoria de Combate ao Racismo do MPMG, e Renata Guimarães, assessora do Núcleo Semente do MPMG.
Alinhamento com políticas educacionais
O "Ginga" complementa ações como o Trilhas de Futuro, reforçando a gestão estratégica e o protagonismo juvenil. A meta é que até 2025, 35% das escolas da rede estadual sejam engajadas no projeto, com atualizações nos Projetos Políticos Pedagógicos (PPPs) e cumprimento efetivo da Lei 10.639/03.
Indicadores qualitativos e quantitativos serão monitorados, como o nível de segurança dos professores em abordar questões raciais em sala de aula. “É um trabalho contínuo. Com mais de 60% da nossa rede formada por estudantes negros, vamos promover o respeito mútuo, tanto no ensino quanto no aprendizado”, reforçou o secretário Igor de Alvarenga.
Com foco na promoção da equidade racial, o Governo de Minas e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) anunciaram, nesta quarta-feira (4/12), o projeto educacional “Ginga: Construindo uma Educação Antirracista em Minas Gerais”.
Com duração de 18 meses, a expectativa é que a iniciativa impacte diretamente as 47 Superintendências Regionais de Ensino (SREs) da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG), nas cerca de 3,4 mil escolas da rede estadual.
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