O teste rápido NS1, que será enviado pelo Ministério da Saúde, será uma ferramenta importante na atenção primária, auxiliando no diagnóstico rápido e imediato. Segundo Eduardo Prosdocimi, subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, a realização do teste é fundamental assim que o paciente procurar a unidade de saúde com sintomas característicos da dengue. "Logo que o paciente chegue na unidade de saúde com sintomas da doença, ele será acolhido e o teste rápido será realizado. Caso o resultado seja positivo, o manejo clínico será iniciado de imediato, o que pode evitar casos graves e até óbitos", explicou o subsecretário.
Apesar de ser um importante aliado na detecção precoce, Prosdocimi alertou que o uso do teste não deve ser determinante para a conduta clínica, especialmente em casos com sinais de alarme ou gravidade, mesmo que o resultado seja negativo. "A conduta terapêutica deve ser baseada no quadro clínico do paciente, nos resultados de exames inespecíficos, como o hemograma com contagem de plaquetas, e nas informações sobre a situação epidemiológica local", afirmou Prosdocimi.
A distribuição dos testes para os municípios será discutida na reunião de fevereiro da Comissão Intergestores Bipartite (CIB-SUS/MG), que inclui a SES-MG e os secretários municipais de saúde. Após a definição dos critérios de distribuição, os testes serão entregues às Unidades Regionais de Saúde (URS), que, por sua vez, repassarão os kits para os municípios.
Além disso, o subsecretário enfatizou a importância da mobilização da população no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela. "Estamos no período sazonal e contamos com o apoio de todos os mineiros para eliminar focos de água parada em suas casas. A prevenção é essencial, assim como o início rápido do tratamento em caso de infecção. A nossa meta é evitar qualquer óbito por dengue", concluiu Prosdocimi.