Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais descobriram recentemente que o Nióbio, mineral utilizado também na produção de fios de ímãs supercondutores, empregado nas máquinas de ressonância magnética e até nos aceleradores de partículas também é um forte aliado do álcool em gel no combate diário do coronavírus.
Extraído na cidade de Araxá, a maior reserva de Nióbio do planeta, o mineral é estudado por cientistas desde 2005, mas no ano passado, uma nova informação foi evidenciada: ao produzirem um creme dental, foi descoberto esse agente matava a bactéria da cárie.
Com a chegada da pandemia, os pesquisadores da UFMG direcionaram os estudos desse elemento químico para o enfrentamento à doença e desenvolveram um antisséptico à base de Nióbio, que destrói o vírus com uma ação prolongada. O pesquisador Luiz Carlos Oliveira, da UFMG, explica que a diferença entre o nióbio e o álcool consiste na evaporação: a solução à base do Nióbio, ao ser borrifado em uma superfície, por exemplo, resulta em uma proteção que resiste por 24 horas, diferente do álcool líquido que evapora muito rápido.
Além disso, os compostos de nióbio na forma gel, não utilizam solventes orgânicos ou polímeros e, por esse motivo, não comprometem a saúde das pessoas e nem agridem o meio ambiente.
“Vamos criar soluções contendo moléculas inovadoras de nióbio, de baixo custo de produção e versáteis, já que também poderão ser inseridas em produtos de limpeza e cosméticos disponíveis no mercado. Em testes preliminares, eles apresentaram excelentes propriedades e ações fungicida, bactericida e virucida.” - ressalta Luiz Carlos Oliveira, professor e líder do grupo de pesquisa.
O antisséptico já foi patenteado pela startup Nanonib®, e aguarda liberação na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A expectativa é que o produto chegue ao mercado com preço popular entre R$15,00 a R$20,00.
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