A vida não é uma linha reta. Ela tem curvas, desvios, quedas e recomeços. Tem dias em que tudo parece caminhar perfeitamente, como se o universo conspirasse a favor. Mas há momentos em que nada sai como planejado, e somos tomados por uma sensação de perda, de frustração. É fácil se alegrar nos dias bons, mas e quando os dias ruins chegam? Como lidamos com as tempestades que surgem no caminho?
A verdade é que a vida é feita de contrastes. Assim como o sol aparece depois da chuva, também passamos por fases de tristeza e alegria, de perdas e conquistas. Tudo muda o tempo inteiro. Às vezes, nos sentimos no topo do mundo, realizados e confiantes. Outras vezes, a vida nos sacode, nos coloca à prova, e nos faz duvidar da nossa própria força.
É difícil aceitar que não temos o controle absoluto sobre tudo. Queremos segurança, previsibilidade, mas a vida não trabalha assim. Ela nos ensina na marra que tudo tem um tempo, que algumas dores são inevitáveis e que, por mais que tentemos evitar, em algum momento seremos machucados. E isso não significa que a vida seja cruel – significa apenas que ela segue seu curso, independente dos nossos desejos.
Há dias em que sorrimos, outros em que choramos. Há momentos em que ganhamos e outros em que perdemos. Isso não faz da vida menos bonita. Pelo contrário, são esses altos e baixos que dão sentido à jornada. Se só houvesse alegria, será que saberíamos valorizá-la? Se nunca enfrentássemos desafios, como poderíamos crescer?
O importante é entender que tudo passa. Nenhuma dor dura para sempre, assim como nenhum momento de felicidade é eterno. O que nos resta, então, é aprender a viver o presente. Não podemos nos apegar demais aos momentos bons nem nos desesperarmos diante das dificuldades. A vida tem seu próprio ritmo, e tentar resistir a ele só nos causa mais sofrimento.
Às vezes, a vida nos machuca. Às vezes, ela nos cura. Em alguns momentos, ela nos dá; em outros, ela nos tira. Mas, acima de tudo, ela continua. Independentemente do que aconteça, o tempo segue seu curso, e cabe a nós decidir como vamos encarar essa jornada. Podemos escolher nos agarrar ao que passou, lamentando o que perdemos. Ou podemos olhar para frente, aceitar os desafios e encontrar novos motivos para seguir em frente.
Se há uma certeza na vida, é que tudo muda. O que hoje parece impossível pode, com o tempo, se tornar só uma lembrança distante. Aquilo que dói agora pode, mais adiante, se transformar em aprendizado. Por isso, não se desespere nos dias ruins, e não se prenda demais aos dias bons. A vida é um fluxo constante, e o segredo está em aprender a navegar por ele.
Deixe a vida acontecer. Viva com ela, sem pressa, sem medo. Abrace os momentos felizes, mas também aceite os desafios. Cada experiência, boa ou ruim, faz parte dessa grande jornada. E, no final, o que realmente importa não é quantas vezes caímos, mas quantas vezes tivemos coragem de levantar e continuar.
Este artigo foi escrito pelo jornalista André Luiz Santiago Eleutério.