A quantidade de dinheiro mencionada anteriormente se refere a créditos tributários recuperados e retornados aos cofres do Estado, além disso mais R$223 milhões foram obtidos em ações após danos morais coletivos. Os valores anteriores estão sendo devolvidos à sociedade através de obras hospitalares, recuperação de bens culturais e outros projetos de interesse público.
O resultado, obtido nos últimos quatro anos, consta do relatório de gestão apresentado nesta quinta-feira, 12 de dezembro, pelo Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (CIRA). O promotor de Justiça William Garcia Pinto Coelho, que coordenou Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (Caoet) de 2021 a 2024, apresentou os resultados, acompanhado do promotor Rodrigo Storino, e comemorou uma mudança da cultura de gestão do comitê, com a implementação da metodologia CIRA 360º.
Ele destacou como a metodologia contribuiu para o objetivo de buscar mais segurança jurídica, um mercado competitivo, concorrência legal, além de uma crescente do montante recuperado - somente em 2024, foram R$2,4 bilhões. “Mas, mais do que isso, estamos obtendo o retorno de valores pelo dano social causado à sociedade, isso é bastante inovador”, afirmou William.
Jarbas Soares Júnior fez questão de agradecer a parceria e apoio de todos os órgãos envolvidos. “Ao nos sentarmos todos juntos, temos o Estado organizado e mais preparado do que os criminosos, que desviam o dinheiro da saúde, da educação, do transporte. Deixamos como legado a tese que engorda a recuperação de ativos, principalmente, em benefício da sociedade”, ressaltou.