Uma operação da Polícia Militar de Meio Ambiente em Congonhas/MG, realizada nesta terça-feira (11), resultou na prisão de Felisberto Pires Egge, proprietário do "Frigorífico do Lalado". A ação foi motivada por denúncias de descarte irregular de dejetos bovinos e comercialização de carne sem comprovação de origem.
Poluição hídrica confirmada
Na propriedade rural do acusado, localizada no povoado de Alto Maranhão, os policiais constataram que, apesar da estrutura do abatedouro estar regular e licenciada, um buraco contendo dejetos bovinos misturados à água estava transbordando e poluindo um córrego local. A situação resultou em alteração da turbidez da água e danos à vegetação em área de preservação permanente, caracterizando crime ambiental.
Carne apreendida por falta de documentação
Além das questões ambientais, inspeções no açougue do frigorífico revelaram a ausência de notas fiscais para carne fresca comercializada desde agosto de 2024. A Vigilância Sanitária apreendeu 537,3 kg de carne devido à falta de comprovação de origem. Felisberto admitiu irregularidades no sistema de emissão de notas fiscais e confirmou que o rebanho não recebia acompanhamento veterinário no abate.
Prisão e desdobramentos legais
O acusado foi preso em flagrante pelos crimes de poluição ambiental e crime tributário. Após ser conduzido à UPA para exame médico, foi apresentado à autoridade policial para as medidas cabíveis.
Consequências ambientais e de saúde pública
As ações de descarte irregular e o comércio de carne sem procedência levantam preocupações tanto para o meio ambiente quanto para a saúde pública. A investigação segue para identificar outros possíveis impactos e responsabilidades.
Essa operação reforça o compromisso da Polícia Militar de Meio Ambiente em garantir a proteção ambiental e o cumprimento da legislação.
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