As principais concessões ferroviárias são administradas por empresas privadas sob a supervisão da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Dentre as principais concessões estão a Rumo Logística, que opera as Malhas Norte, Paulista, Sul e Oeste; a MRS Logística, que abrange regiões estratégicas como o Sudeste; e a Ferrovia Centro-Atlântica, uma das maiores em extensão.
Outras importantes concessões incluem a Estrada de Ferro Carajás e a Ferrovia Vitória a Minas, ambas administradas pela Vale S.A. Além disso, a Ferrovia Norte-Sul e a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL) são marcos para a integração nacional.
Com essas concessões, o Brasil busca expandir e modernizar sua infraestrutura ferroviária, impulsionando o desenvolvimento econômico e logístico do país.
Mapa ferroviário do Brasil
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China quer construir ferrovia transoceânica entre Brasil e Peru com investimento de US$ 100 bilhões
A China está planejando um projeto ambicioso que visa construir uma ferrovia transoceânica conectando o Brasil ao Peru, com um investimento estimado em US$ 100 bilhões. Esta iniciativa tem como objetivo revolucionar o comércio entre a Ásia e a América do Sul, criando uma rota de transporte mais rápida para mercadorias, o que beneficiará significativamente os dois continentes.
A nova ferrovia permitirá uma redução no tempo e na distância de transporte, diminuindo a dependência de rotas marítimas tradicionais, como o Canal do Panamá. Isso garantirá à China um acesso mais direto e seguro aos recursos naturais abundantes na América do Sul, fortalecendo sua posição no cenário global.
Além dos benefícios econômicos, o projeto também tem o potencial de impulsionar o desenvolvimento regional na América do Sul, especialmente no Brasil e no Peru.
No entanto, o empreendimento enfrenta desafios consideráveis, como a necessidade de atravessar a densa floresta amazônica e a cordilheira dos Andes, regiões com ecossistemas sensíveis que exigem um planejamento cuidadoso e tecnologias avançadas para mitigar os impactos ambientais. Outro desafio é a divergência entre Brasil e Peru sobre a melhor rota para a ferrovia.
Apesar desses obstáculos, o projeto é visto como uma oportunidade estratégica para a China reforçar suas relações comerciais com a América do Sul e promover o crescimento econômico sustentável na região. Se concluído com sucesso, a ferrovia transoceânica poderá transformar significativamente o comércio internacional e redefinir o panorama geopolítico na América do Sul.
Governo planeja retomada de trens de passageiros com sete novas linhas
O governo federal, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está planejando lançar, em outubro, um Plano Nacional de Ferrovias que visa revitalizar o transporte ferroviário de passageiros no Brasil. Como parte desse plano, o Ministério dos Transportes está conduzindo estudos de viabilidade técnica e econômica para implementar sete novas linhas de trens regionais. Esses projetos serão executados por meio de parcerias público-privadas (PPPs).
As sete linhas em estudo conectam as seguintes cidades: Brasília (DF) a Luziânia (GO), Maringá a Londrina (PR), Pelotas a Rio Grande (RS), Duque de Caxias a Itaboraí e Niterói (RJ), Salvador a Feira de Santana (BA), Fortaleza a Sobral (CE) e São Luís a Itapecuru Mirim (MA).
O plano também inclui a utilização de ferrovias existentes, atualmente subutilizadas ou em estado precário, para o transporte de passageiros. Para financiar a recuperação e modernização dessas estradas de ferro, o governo pretende usar recursos provenientes da renovação das concessões ferroviárias de carga, como a Malha Paulista, controlada pela Rumo.
O lançamento do plano será acompanhado pela publicação de um decreto que estabelecerá diretrizes e objetivos para os novos trens de passageiros, incluindo aspectos como tarifas, publicidade e sustentabilidade financeira das linhas. Além disso, o projeto se soma ao Trem Intercidades (TIC), planejado pelo governo de São Paulo, que conectará São Paulo a Campinas.
Conclusão da ferrovia norte-sul promete acelerar o desenvolvimento no centro do Brasil
A Ferrovia Norte-Sul, projetada há mais de três décadas, finalmente conectou seus trilhos entre Palmeiras de Goiás e Goianira, em Goiás, completando o corredor ferroviário que liga o Porto de Itaqui (MA) ao Porto de Santos (SP).
A ferrovia, que se estende por 2.200 quilômetros, foi concebida para melhorar a logística no Brasil, especialmente no centro do país, uma região historicamente subaproveitada devido à falta de infraestrutura de transporte.
A conclusão desse último trecho, sob a responsabilidade da empresa Rumo, marca um avanço significativo para o transporte de mercadorias no Brasil. Com isso, áreas antes inacessíveis ou de baixa produtividade agora têm a possibilidade de se integrar economicamente, facilitando o escoamento de produtos agrícolas e industriais para os principais portos do país.
A ferrovia atravessa três importantes regiões (Norte, Centro-Oeste e Sudeste), conectando estados como Minas Gerais, Goiás e Tocantins. Essa ligação promete transformar economicamente essas áreas, que antes dependiam exclusivamente do transporte rodoviário, um meio mais caro e menos eficiente para longas distâncias.
A expectativa é que a Ferrovia Norte-Sul não apenas dinamize a produção agrícola, mas também abra caminho para novos empreendimentos industriais, gerando empregos e reduzindo os custos logísticos em toda a região central do Brasil. A integração dessa infraestrutura ferroviária representa um passo importante para o desenvolvimento econômico sustentável do país.
Tebet defende parceria público-privada com capital estrangeiro para ferrovias
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, defendeu a importância de Parcerias Público-Privadas (PPPs) com capital estrangeiro para o desenvolvimento das ferrovias no Brasil. Durante uma sessão conjunta no Senado, Tebet argumentou que a construção de ferrovias é um dos investimentos mais caros em logística, e que o Brasil não possui orçamento suficiente para arcar com esses custos de forma independente.
Ela destacou a necessidade de discutir o tamanho da participação estrangeira nesses projetos para proteger o capital nacional e o setor produtivo.
A ministra mencionou que há interesse de investidores estrangeiros, incluindo a China e a Arábia Saudita, em participar de projetos ferroviários no país. Embora o tema não seja diretamente de sua competência, Tebet afirmou que o governo, através da Casa Civil, está avançando nesse ponto.
Durante sua apresentação sobre o andamento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Tebet destacou a importância de integrar as ferrovias de Norte a Sul e de Leste a Oeste, mencionando a Ferrogrão como um projeto crucial nas Rotas de Integração. Ela também discutiu a possibilidade de contingenciamentos em obras do PAC, mas garantiu que, por enquanto, não há previsão de cortes.
A ministra ressaltou que o governo pretende investir entre R$ 200 bilhões e R$ 210 bilhões em três anos, priorizando a infraestrutura de transporte como elemento chave para o crescimento
Plano Nacional de Ferrovias deve receber R$ 200 bilhões em investimentos
O secretário-executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro, revelou em entrevista à CNN que o Plano Nacional de Ferrovias, ainda em desenvolvimento, deve totalizar R$ 200 bilhões em investimentos. Essa carteira de concessões, considerada "ambiciosa", está sendo elaborada em conjunto com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a Infra S.A., e passará pela avaliação final do ministro Renan Filho antes de ser apresentada ao público.
O plano inclui tanto projetos de trens de carga quanto de passageiros, com destaque para a Ferrogrão, que conectará o Mato Grosso ao Pará, e as ferrovias de Integração Centro-Oeste (Fico) e Oeste-Leste (Fiol). No segmento de transporte de passageiros, sete projetos estão em estudo, incluindo as linhas Brasília-Luziânia e Salvador-Feira de Santana.
Para viabilizar o Capex de R$ 200 bilhões, o governo pretende injetar R$ 20 bilhões em recursos públicos, provenientes de repactuações contratuais e renovações antecipadas de concessões, como as da Vale. Esses fundos serão utilizados em parcerias público-privadas (PPPs), com a realização de leilões onde vence a empresa que oferecer o maior desconto ao gasto público.
No segundo semestre, uma comitiva do Ministério dos Transportes viajará à China e à Arábia Saudita para apresentar esses projetos a potenciais investidores, como parte de um roadshow internacional destinado a atrair capital estrangeiro para o desenvolvimento do setor ferroviário brasileiro.
Novo PAC garante R$ 94,2 bilhões para transporte ferroviário no Brasil
O Governo Federal, por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), garantiu R$ 94,2 bilhões em investimentos para fortalecer o transporte ferroviário no Brasil até 2026. Esse investimento visa retomar o protagonismo do modal ferroviário, considerado essencial para a sustentabilidade, eficiência e segurança no transporte de cargas e passageiros. Entre os projetos prioritários estão a conclusão da Ferrovia Norte-Sul e a retomada das obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol).
Além disso, o governo está trabalhando para atrair investimentos privados através de novas concessões e parcerias público-privadas (PPPs). A criação da Secretaria Nacional de Transporte Ferroviário é um dos esforços para coordenar esses investimentos e impulsionar o setor.
Em 2023, foram realizados investimentos significativos, como os R$ 175 milhões aplicados nas obras da Transnordestina, e houve um crescimento de 4,2% na movimentação ferroviária de cargas no país. O governo também planeja lançar o Plano Nacional de Ferrovias, que incluirá novas concessões e a ampliação da malha ferroviária existente.
A meta é aumentar a participação das ferrovias no transporte de cargas de 17% para 40% até 2035, promovendo a integração nacional e o desenvolvimento socioeconômico das regiões atendidas. A reestruturação do setor também busca revitalizar o transporte ferroviário de passageiros, uma demanda histórica da população brasileira, com melhorias na infraestrutura e ampliação das operações.
Projetos ferroviários de R$ 12 bilhões em Santa Catarina serão concluídos em 2025
Os projetos para a construção de duas novas ferrovias em Santa Catarina, com um investimento total estimado em R$ 12 bilhões, devem ser finalizados no início de 2025. Um dos projetos prevê a criação de um corredor ferroviário de 319 km entre Chapecó e Correia Pinto, com conclusão esperada para março de 2025. O outro projeto, que abrange uma ferrovia de 62 km entre Araquari e Navegantes, deve ser concluído em fevereiro do mesmo ano.
Essas iniciativas são vistas como fundamentais para o desenvolvimento do agronegócio e outras atividades econômicas na região. A ferrovia entre Chapecó e Correia Pinto, por exemplo, será crucial para conectar o Oeste catarinense ao Planalto Serrano e, a partir daí, ao Litoral. O custo estimado para a construção dessa linha é de US$ 2 bilhões.
Já o projeto entre Araquari e Navegantes, que inclui a Ferrovia Interportos, visa melhorar a logística entre os complexos portuários de São Francisco do Sul e Itajaí. Com um custo estimado de US$ 300 milhões, essa ferrovia fortalecerá a infraestrutura de transporte no estado, facilitando o escoamento de produtos pelos portos.
O governo de Santa Catarina está buscando recursos, incluindo investimentos internacionais, para viabilizar a construção dessas ferrovias, que são consideradas essenciais para o crescimento econômico da região.
Transportes de cargas registram alta em movimento e investimentos no primeiro semestre de 2024
O transporte de cargas no Brasil apresentou um crescimento significativo no primeiro semestre de 2024, com todos os principais modos de transporte registrando alta na movimentação.
As ferrovias tiveram destaque, com um aumento de 4,5% no volume de cargas movimentadas, alcançando os melhores resultados para o período desde 2006. Em particular, o setor agrícola, de extração vegetal e celulose, movimentou 48 milhões de toneladas, enquanto o grupo de “outras mercadorias” registrou 3,3 milhões de toneladas.
No setor rodoviário, o transporte de grãos manteve estabilidade, com um crescimento de 0,44%, equivalente a 210 mil toneladas a mais que no mesmo período do ano anterior. O consumo de óleo diesel no setor rodoviário aumentou 4,2%, e o tráfego pedagiado nas rodovias concedidas cresceu 6% em relação ao ano passado.
O setor aquaviário também registrou um crescimento de 4,3%, impulsionado por um aumento de 22,72% na movimentação de contêineres, que possuem maior valor agregado.
Além do crescimento na movimentação de cargas, os investimentos públicos no setor de transportes também aumentaram. Foram investidos cerca de R$ 6,5 bilhões, um aumento de 26% em comparação ao ano anterior. A retomada de investimentos em ferrovias, especialmente na Ferrovia de Integração Oeste-Leste, na Bahia, também foi destacada, com mais de R$ 60 milhões aplicados em obras.
Esses dados refletem um panorama positivo para o setor de transportes no Brasil, com melhorias tanto na movimentação quanto nos investimentos em infraestrutura.
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