A cidade de Juiz de Fora está um passo mais próxima de resolver um dos problemas que há anos afetam a segurança e a estética urbana: a desordem nas fiações e cabos instalados nos postes de energia elétrica. Uma decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), expedida pelo juiz Marcelo Piragibe Magalhães, da Vara da Fazenda Pública Estadual, deu razão à Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) em ação movida contra a Cemig Distribuição S.A.
A medida exige que a concessionária ajuste e organize toda a fiação em um prazo de 180 dias, sob pena de multa diária de R$ 10 mil, caso o cronograma não seja cumprido. Inicialmente, as vias que serão atendidas incluem as importantes avenidas Batista de Oliveira, São João e Presidente Itamar Franco, mas a expectativa é que toda a cidade seja contemplada no processo.
Fios soltos: risco e incômodo
A situação dos cabos soltos e mal instalados em Juiz de Fora tem sido uma dor de cabeça constante para os moradores. Segundo a decisão judicial, os fios caídos, rompidos e pendurados ao alcance de pedestres têm gerado graves acidentes e risco à saúde da população. Além de representar um perigo iminente, o excesso de fiação e cabos em desuso também contribui para uma poluição visual expressiva nas ruas da cidade.
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Para agravar o cenário, a falta de manutenção adequada tem resultado em fios sem afastamento adequado do solo, o que aumenta o risco de choques e acidentes, especialmente em dias de chuva ou ventania. Essas condições não afetam apenas os pedestres, mas também motoristas e ciclistas que enfrentam obstáculos inesperados nas vias públicas.
Cemig terá que agir rápido
A decisão judicial foi uma resposta à falta de ações efetivas por parte da Cemig, apesar de várias notificações feitas pela Prefeitura ao longo dos anos. O juiz Marcelo Piragibe destacou a necessidade urgente de intervenção, afirmando que os problemas com a fiação são "um risco à saúde e à integridade das pessoas", além de causar sérios transtornos à população.
Com base na liminar, a Cemig terá um prazo de 15 dias para retirar os fios rompidos e soltos em pontos críticos, além de adequar as fiações às normas técnicas vigentes. A empresa também deverá apresentar, em até 30 dias, um cronograma detalhado para a regularização completa da fiação em toda a cidade. Caso as exigências não sejam cumpridas, a multa de R$ 10 mil por dia será aplicada, uma penalidade que pode aumentar significativamente com o tempo.
Um passo para a modernização urbana
A Prefeitura de Juiz de Fora espera que essa decisão seja um marco na modernização e segurança da infraestrutura urbana da cidade. Além da organização da fiação, a expectativa é que a regularização traga mais tranquilidade para os moradores, reduzindo a quantidade de acidentes e melhorando o aspecto visual das vias.
Para muitos, a vitória judicial também representa um avanço na cobrança por uma cidade mais organizada e segura. Juiz de Fora, como uma das principais cidades da Zona da Mata, vinha há tempos demandando essa mudança. Agora, com a decisão em mãos, a Prefeitura e a população aguardam ansiosamente o cumprimento da sentença e a tão esperada solução para os problemas causados pelos fios desordenados.
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