Um novo estudo, realizado por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e publicado na Biological Conservation, traçou um panorama detalhado das mudanças na vegetação da Mata Atlântica ao longo das últimas três décadas. A pesquisa destacou tanto os ganhos obtidos após a implementação da Lei da Mata Atlântica em 2006 quanto os desafios persistentes causados pela fragmentação florestal.
Ganhos e Desafios na Conservação
Os pesquisadores mapearam as transformações na Mata Atlântica, um bioma que abrange mais de 1,6 milhão de km² e abriga uma vasta biodiversidade. O estudo revelou que, desde 2005, houve um aumento de aproximadamente 1 milhão de hectares de vegetação nativa. Esse crescimento foi impulsionado pela legislação ambiental, que restringiu o desmatamento e incentivou a regeneração florestal.
“Entre 2005 e 2020, a Mata Atlântica ganhou cerca de 1 milhão de hectares,” afirma Maurício Vancine, doutorando em Ecologia, Evolução e Biodiversidade na Unesp. “Esse crescimento incluiu tanto o aumento de fragmentos já existentes quanto a formação de novos fragmentos de tamanho médio de 1 hectare.”
Fragmentação e Seus Impactos
Apesar dos ganhos, a fragmentação continua sendo um grande desafio. O estudo indica que 97% dos fragmentos de Mata Atlântica possuem menos de 50 hectares. “Embora estejamos ganhando floresta, esse aumento ocorre principalmente em pequenos fragmentos,” explica Vancine, pesquisador do Laboratório de Ecologia Espacial e Conservação (LEEC) da Unesp.
Importância da Mata Atlântica
Mais de 150 milhões de pessoas vivem dentro dos limites da Mata Atlântica, que se estende do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte. O bioma é um dos mais ricos em biodiversidade do planeta, abrigando milhares de espécies de plantas e animais. A Lei da Mata Atlântica, promulgada em 2006, foi uma resposta à ameaça crescente de desmatamento e desempenhou um papel crucial na proteção e regeneração da floresta.
Colaborações e Publicação
O estudo intitulado The Atlantic Forest of South America: spatiotemporal dynamics of vegetation and implications for conservation envolveu colaboradores de diversos países, incluindo Brasil, Nova Zelândia, Noruega, Inglaterra e Argentina. Foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e coordenado pelo ecólogo Milton Cezar Ribeiro, do Instituto de Biociências da Unesp.
Para mais detalhes, a reportagem completa pode ser acessada em: jornal.unesp.br
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