O Dia dos Pais é uma data que traz boas expectativas para o setor de bares e restaurantes. De acordo
com uma pesquisa realizada pela Abrasel Zon da Mata em julho, 89% das empresas pesquisadas
esperam um aumento no faturamento em relação à mesma data do ano anterior. Destes
estabelecimentos 88% abrem aos domingos. De acordo com a presidente da Abrasel Zona da Mata,
Francele Galil, “a expectativa do dia dos pais é grande porque essas datas familiares comemoradas aos
domingos contribuem muito com o aumento do movimento de bares e restaurantes, auxiliando-os a
driblar os desafios enfrentados nos últimos anos”. Uma forma de atrair os consumidores são os
cardápios especiais como o desenvolvido pelo Procopão; os sorteios como os que acontecerão sábado e
domingo na Taberna Alemã, e promoções como a desenvolvida pela Relicário do Shopping Alameda,
onde os pais terão double de cerveja e um docinho quando escolherem um hamburguer no cardápio
A pesquisa apontou que no mês de junho 18% dos estabelecimentos operaram com prejuízo e 50%
tiveram lucro. “Na Zona da Mata as empresas têm demonstrado sinais claros de recuperação:
registramos queda de 6% no percentual de casas operando em prejuízo. Mas a média das que operam
em equilíbrio continua se mantendo em torno dos 32%. Isso significa que 50% dos estabelecimentos
ainda buscam se recompor dos prejuízos acumulados nos últimos anos. Ou seja, ainda precisamos de
atenção do poder público para nos reequilibrar e continuar a gerar emprego e renda”, afirma Galil.
Segundo o presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, “ainda precisamos de atenção, principalmente em
relação aqueles empreendimentos que têm dívidas acumuladas com impostos e encargos, porque isso é
uma bomba-relógio. É preciso um plano para resgate do setor mirando nas empresas em dificuldade,
evitando que elas quebrem, visando manter os empregos e o potencial de investimento das empresas”
Um dado preocupante é que mais de um terço (38%) das empresas consultadas no setor de alimentação
fora do lar no país ainda têm dívidas em atraso, incluindo empréstimos, dívidas com impostos ou
fornecedores. Na zona da Na zona da Mata esse índice é de 30% e apresenta uma redução de 15% em
relação à última pesquisa. Entretanto, esse indicador requer cuidado. Dentre essas dívidas registradas
pelos empresários da região, a maioria se concentra em impostos federais (770%), impostos estaduais
(47%), encargos trabalhistas/previdenciários (29%), taxas municipais (24%), serviços públicos como
água/luz/gás/telefone (35%) e fornecedores de insumos (24%). “O acúmulo de dívidas é o que tem
dificultado a recuperação dos estabelecimentos e representar uma barreira para o crescimento do
setor. A maior parte das empresas só não registra lucro porque direciona o faturamento para o
pagamento de dívidas”, explica Francele
Outro ponto destacado pela pesquisa regional é que quase dois terços (57%) das empresas consultadas
contam com empréstimos contratados atualmente, e entre estas a maioria (63%) recorreu ao Programa
Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Entretanto, a
inadimplência do programa no setor está bem acima da média, atingindo 18%, enquanto a média geral é
de apenas 4%. Além disso, 17% dos empresários ainda não começaram a pagar as parcelas.
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