Nesta segunda-feira (31/3), Dia do Nióbio, Minas Gerais celebra sua posição de destaque mundial na produção e exportação desse mineral estratégico, essencial para a transição energética global. O estado, que abriga a maior reserva de nióbio do planeta em Araxá, no Alto Paranaíba, tem sido palco de investimentos significativos e iniciativas inovadoras impulsionadas pelo Governo de Minas nos últimos anos.
Em 2024, Minas Gerais consolidou sua liderança como o maior exportador de produtos da cadeia do nióbio no Brasil, respondendo por expressivos 80,5% das vendas nacionais, que totalizaram US$ 2,1 bilhões, um crescimento de 2,6% em relação ao ano anterior. O mineral mineiro alcançou 18 mercados internacionais, com destaque para a China (36,1%), Países Baixos (21,9%) e Estados Unidos (12,6%).
O Governo de Minas tem atuado ativamente na atração de investimentos para o setor, gerando novas oportunidades de emprego para a população. Um marco importante foi a inauguração, no final de 2024, pela Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), em Araxá, da maior planta de produção de ânodo de nióbio do mundo.
Outro avanço significativo ocorreu no ano passado, com o lançamento, em parceria entre a Toshiba e a Volkswagen, do primeiro ônibus elétrico do mundo movido a bateria de íons de lítio com nióbio, desenvolvido em Minas Gerais. Essa tecnologia inédita permite recarga ultrarrápida, além de aumentar a segurança e a vida útil da bateria.
Mila Corrêa da Costa, da inteligência do Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Sede-MG), destaca o papel do estado na vanguarda da transição energética: "Desde que aderiu ao Race to Zero, de maneira inédita na América Latina, o Governo de Minas tem trabalhado, por meio de diversas frentes, para contribuir no desenvolvimento sustentável. A partir de investimentos na produção do nióbio e projetos de energia limpa, o estado está na vanguarda da transição energética".
Nos últimos cinco anos, a Sede-MG e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) investiram quase R$ 11 milhões em 32 pesquisas relacionadas ao nióbio no estado. O subsecretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Sede-MG ressalta a importância desses investimentos: "Esses projetos visam não apenas valorizar esse mineral estratégico, mas também garantir maior funcionalidade e eficácia ao setor produtivo. São investimentos como esse e são as preocupações relacionadas às áreas temáticas e estratégicas que possam possibilitar que Minas expanda ainda mais sua área industrial e garanta emprego e renda de qualidade para cada cidadão mineiro".
O nióbio possui uma vasta gama de aplicações, desde a produção de aços especiais utilizados em grandes construções, automóveis e turbinas de avião, até superligas metálicas e aceleradores de partículas.
Na área da transição energética, o mineral se destaca por sua capacidade de melhorar o desempenho das baterias de lítio. A adição de compostos de nióbio permite recargas muito mais rápidas, como demonstrado no protótipo do ônibus elétrico, que pode atingir autonomia máxima em apenas dez minutos.
A descoberta da maior mina de nióbio do mundo ocorreu há 72 anos, em março de 1953, pelo geocientista e professor Djalma Guimarães, em Araxá. Para celebrar essa importante descoberta e o potencial estratégico do mineral, o dia 31 de março foi instituído como o Dia do Nióbio. A data reforça a importância de Minas Gerais no cenário global da mineração e da inovação tecnológica, especialmente no contexto da busca por fontes de energia mais limpas e sustentáveis.
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