O combate à violência contra a mulher ganha um novo espaço de discussão e conscientização: a sala de aula. Através do Programa Mediação de Conflitos (PMC), da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), cerca de 300 alunos da Escola Estadual Paulo Freire, localizada em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), participam de oficinas voltadas para a conscientização sobre os diversos tipos de violência que as mulheres enfrentam e as possíveis soluções para prevenir ou buscar ajuda.
A iniciativa, realizada durante a semana do Dia Internacional da Mulher, tem como objetivo principal diminuir os casos de feminicídios e abusos sofridos pelas mulheres em Minas Gerais. As palestras, desenvolvidas pelo projeto "É na base! - PMC", abordam temas como machismo, tipos de violência, redes de apoio e como a Segurança Pública pode contribuir em caso de violência, seja por meio de ligações ao 190 da Polícia Militar, à Central de Atendimento à Mulher, 180, do Governo Federal, ou pela ajuda do Programa Mediação de Conflitos.
Durante as atividades, os alunos têm a oportunidade de dialogar sobre questões como papéis de gênero e como eles podem influenciar no ciclo da violência contra a mulher. As analistas sociais responsáveis pela iniciativa utilizam uma abordagem dinâmica, incluindo músicas e expressões do cotidiano dos jovens para tornar o assunto mais acessível e reflexivo.
Para Natália Fernandes, analista do programa, é fundamental que os alunos compreendam o tema da violência doméstica e saibam a quem recorrer em caso de necessidade. "Queremos que o assunto não seja desconfortável, ao contrário, que eles entendam o que está acontecendo ou pode acontecer. Principalmente, que saibam a quem recorrer e como resolver os possíveis conflitos. Eles estão em uma fase de muito contato com a sexualidade, uma hora ótima para entender não só sobre isso, mas também sobre os papéis de gênero e como isso pode influenciar no ciclo da violência contra a mulher”, ressaltou.
A receptividade da iniciativa tem sido positiva, tanto entre os alunos quanto entre a equipe escolar. O vice-diretor da Escola Estadual Paulo Freire, Augusto Sérgio, ressalta a importância da conscientização dos estudantes e destaca os benefícios que a iniciativa traz para a sociedade como um todo. “Estamos em uma região periférica, em uma área com muitos casos de violência contra a mulher, então recebemos muito bem essa iniciativa de conscientizar os alunos e instigá-los a respeitar e valorizar todos os seres humanos. Já recebi elogios dos alunos e até dos pais, que estão gostando muito. Os maiores beneficiados serão sempre os estudantes e a sociedade”, disse.
As atividades seguem até a próxima quinta-feira, com turmas de aproximadamente 30 alunos por vez. Os participantes demonstram engajamento e conforto para compartilhar suas experiências, refletindo sobre a importância do conhecimento na prevenção e no combate à violência contra a mulher.
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