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Terça-feira, 22 de Abril de 2025
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Ciência e Tecnologia

Últimas Notícias Sobre Mineração no Brasil

Veja as principais atualizações sobre a mineração no Brasil em 2025: impactos ambientais, novas leis, tecnologias e conflitos sociais.

Laís Rangel
Por Laís Rangel
Últimas Notícias Sobre Mineração no Brasil
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Últimas Notícias Sobre Mineração no Brasil

Confira o panorama atual da mineração no Brasil, com atualizações sobre legislação, impactos sociais e ambientais, novas tecnologias e movimentações do setor.

A mineração sempre teve um papel importante na economia brasileira. Em 2025, o setor segue movimentado por disputas políticas, pressões ambientais e avanços tecnológicos. Com a demanda global por minerais estratégicos em alta, o Brasil volta a ganhar destaque nesse cenário. Mas junto com as oportunidades, também crescem os desafios sociais e ambientais.

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Neste artigo, você confere as atualizações mais relevantes sobre o setor. As informações abordam desde mudanças em legislações até as transformações que ocorrem dentro das minas e nos arredores delas. O conteúdo está organizado em tópicos para facilitar a leitura e ajudar quem quer entender os movimentos mais recentes da mineração no país.

Propostas de mudanças no Código de Mineração

Tramitam no Congresso Nacional diferentes propostas para reformular o Código de Mineração, que está em vigor desde 1967. Entre os pontos mais discutidos estão:

  1. Redução da burocracia para novos licenciamentos;

  2. Regras mais rígidas para recuperação ambiental;

  3. Alterações nas taxas de compensação financeira;

  4. Aumento da responsabilidade das mineradoras em áreas urbanas;

  5. Inclusão de cláusulas específicas para minerais raros.

A reformulação busca alinhar o setor às exigências atuais, com foco em transparência e controle dos impactos gerados.

Avanço de operações ilegais na Amazônia

O garimpo ilegal continua se expandindo, principalmente nas regiões do Pará, Amazonas e Roraima. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), houve aumento de 18% na atividade de extração mineral ilegal entre 2023 e 2024. A presença de grupos armados, desmatamento e contaminação de rios com mercúrio são algumas das consequências mais graves identificadas.

Autoridades locais e federais seguem com operações conjuntas para tentar conter o avanço dessas atividades, mas enfrentam resistência e dificuldades logísticas.

Investimentos em tecnologias para mineração sustentável

A busca por processos mais limpos tem gerado investimentos em tecnologias que reduzem o consumo de água, energia e emissão de resíduos. Algumas soluções já implantadas em minas brasileiras incluem:

Tecnologia

Objetivo

Empresa envolvida

Flotação reversa com água reciclada

Reduzir o uso de água potável

Vale

Monitoramento via satélite

Controlar estabilidade de barragens

Anglo American

Emprego de sensores IoT

Medir vibração e ruídos em tempo real

Nexa Resources

Caminhões autônomos

Reduzir riscos e aumentar eficiência

Samarco

Entre as práticas adotadas para reduzir os impactos em áreas remotas, muitas empresas têm optado por soluções autônomas para geração de energia. O uso de alternativas como o aluguel de torre de iluminação solar vem sendo cada vez mais comum em áreas de difícil acesso, principalmente para operações noturnas em campo aberto.

Aumento nas exportações de minério de ferro

O Brasil fechou o primeiro trimestre de 2025 com alta de 12% nas exportações de minério de ferro, puxadas pela retomada da indústria chinesa. A valorização do produto no mercado internacional trouxe ganhos para grandes mineradoras, principalmente a Vale, que lidera o segmento.

Apesar disso, as críticas sobre os impactos sociais e ambientais da mineração seguem presentes, gerando discussões sobre a distribuição dos royalties e investimentos nas cidades afetadas.

Comunidades pressionam por compensações sociais

Diversas comunidades afetadas por atividades mineradoras têm se mobilizado para cobrar compensações mais justas. Entre os principais pedidos estão:

  1. Reassentamentos com infraestrutura básica garantida;

  2. Investimento em saneamento e saúde pública;

  3. Programas de capacitação profissional;

  4. Fiscalização ativa das barragens;

  5. Transparência no uso dos royalties municipais.

A movimentação dessas comunidades tem gerado impacto em assembleias legislativas e audiências públicas em estados como Minas Gerais e Pará.

Barragens seguem em situação de risco

Um levantamento da Agência Nacional de Mineração (ANM) divulgado em fevereiro de 2025 mostra que 29 barragens seguem com nível de risco considerado crítico. A maioria está localizada em Minas Gerais e exige monitoramento constante. Veja o panorama:

Estado

Nº de Barragens em Risco

Ações em Andamento

Minas Gerais

17

Obras de reforço e remoção de moradores

Pará

6

Avaliações estruturais mensais

Goiás

3

Interdição parcial

Bahia

3

Monitoramento com drones

A ANM reforçou que a situação é estável, mas requer vigilância contínua.

Litígio entre empresas e populações indígenas

Casos de mineração em terras indígenas seguem gerando polêmica. Em especial, os povos Yanomami e Munduruku enfrentam a presença de empresas interessadas na extração de ouro e cassiterita. A discussão gira em torno da legalidade das licenças e da falta de consulta às comunidades envolvidas.

O Supremo Tribunal Federal (STF) tem sido acionado com frequência para intermediar os conflitos e garantir a aplicação dos direitos previstos na Constituição.

Novas áreas de exploração aprovadas pelo governo

O governo federal autorizou, no início de março de 2025, a abertura de 14 novas áreas para exploração mineral. Os locais estão distribuídos entre os estados do Pará, Tocantins, Goiás e Bahia. A medida gerou reação de ambientalistas e de representantes de comunidades locais.

Essas liberações seguem critérios de análise técnica, mas levantam preocupações sobre a rapidez do processo e os impactos cumulativos em regiões já pressionadas por outras atividades econômicas.

O crescimento da mineração de lítio no Brasil

O lítio, mineral essencial para a produção de baterias, tem ganhado destaque no Brasil. A região do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, tornou-se um dos principais pólos de exploração desse minério. O interesse internacional impulsionou a entrada de empresas estrangeiras e aumentou a expectativa de geração de empregos locais.

Contudo, a população da região segue vigilante quanto ao impacto ambiental e ao uso dos recursos hídricos, fundamentais para a produção agrícola familiar.

Tendências para o setor em 2025

Com base nas movimentações recentes, as principais tendências da mineração no Brasil incluem:

  1. Fortalecimento da regulamentação e fiscalização;

  2. Aumento do protagonismo de minerais estratégicos, como lítio e nióbio;

  3. Pressão internacional por práticas ESG;

  4. Expansão da mineração urbana (reciclagem de metais);

  5. Adoção de novas tecnologias em ritmo mais acelerado.

Essas tendências apontam para um setor em transformação, que precisará equilibrar lucros, responsabilidade social e preservação ambiental.

Perguntas Frequentes (FAQ)

  1. Quais os principais minerais exportados pelo Brasil atualmente?
    Minério de ferro, bauxita, ouro, manganês e cobre estão entre os mais exportados.
  2. O que são barragens de rejeitos?
    São estruturas usadas para armazenar resíduos da mineração. Quando mal geridas, podem representar risco de rompimento.
  3. Como o governo controla a mineração ilegal?
    A fiscalização é feita por órgãos como IBAMA, Polícia Federal e ANM, mas a presença é limitada em regiões remotas.
  4. A mineração de lítio no Brasil é recente?
    Sim. Embora existam registros antigos, o boom do lítio se intensificou nos últimos três anos com a demanda por baterias.
  5. Existe mineração legal em terras indígenas?
    Atualmente, a Constituição não permite mineração nessas áreas sem regulamentação específica, o que está em debate no Congresso.
  6. O que é mineração urbana?
    É o processo de reaproveitamento de metais presentes em equipamentos eletrônicos descartados, como celulares e computadores.
Laís Rangel

Publicado por:

Laís Rangel

Bacharel em Jornalismo Digital pela UNIASSELVI-2025/Licenciada pela UNINCOR em Educação física-2009

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