Desde julho de 2024, os profissionais de saúde de Minas Gerais contam com o Programa de Teleconsultoria Clínica, que conecta especialistas a profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) para oferecer orientações clínicas e otimizar atendimentos. A iniciativa já foi implementada em 149 municípios e integra a APS à Atenção Especializada (AE), reduzindo a necessidade de deslocamentos para consultas especializadas.
Como funciona a teleconsultoria
As consultas são realizadas por meio de plataformas virtuais, permitindo que médicos e enfermeiros enviem dúvidas clínicas a especialistas, que respondem em até 72 horas. É possível anexar informações detalhadas, como exames e imagens, para obter um diagnóstico ou orientação mais precisa.
Segundo a diretora de Políticas de Atenção Primária em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Cristina Coelho, o programa busca sensibilizar os municípios sobre os benefícios da ferramenta. “A tecnologia retorna em um cuidado mais eficiente e qualificado para os usuários”, destacou.
Casos resolvidos e satisfação dos profissionais
De acordo com o monitoramento realizado entre julho e setembro de 2024, 86,81% dos casos foram resolvidos diretamente na APS, evitando encaminhamentos para a AE. No período, 517 teleconsultorias foram realizadas, com uma média de satisfação de 4,91 (em uma escala de 5) entre os profissionais participantes.
Para a médica da APS em Belo Horizonte, Maria Clara Lima, a teleconsultoria qualificou o atendimento e seu próprio desempenho. “Discutir casos com especialistas torna os encaminhamentos mais eficientes e melhora a resolução”, afirmou.
Já a enfermeira Izabela Figueiredo, da Estratégia Saúde da Família (ESF) em Alvinópolis, destacou que a ferramenta impacta diretamente na redução de deslocamentos de pacientes para outras cidades, promovendo maior acessibilidade.
Impacto no cuidado especializado
Casos mais complexos também se beneficiaram da ferramenta. A médica Josiane Baleeiro, de Salinas, utilizou a teleconsultoria para atender um idoso com diabetes e hipertensão. “Recebemos uma análise detalhada dos especialistas e conseguimos conduzir o tratamento na APS com sucesso”, relatou.
Expansão e próxima etapa
O programa, coordenado pela SES-MG e financiado pelo Ministério da Saúde, é executado por núcleos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), do Hospital das Clínicas da UFMG e da Fundação Educacional Lucas Machado (Feluma).
Atualmente, oito macrorregiões de Minas Gerais são priorizadas com base em critérios epidemiológicos e sanitários. A implementação está sendo realizada em fases, com duração de 12 meses.
Aprimorando o futuro da saúde pública
Com resultados positivos e alta aceitação dos profissionais, a teleconsultoria consolida Minas Gerais como referência em saúde pública ao integrar tecnologia, resolutividade e eficiência nos atendimentos. Essa inovação também fortalece a descentralização do cuidado especializado, promovendo mais qualidade de vida e acesso para os usuários do SUS.
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