Em setembro, a cor amarela toma as redes sociais, estampa cartazes e chama atenção para um problema de saúde pública: o suicídio. A Campanha Setembro Amarelo tem o objetivo de combater preconceitos, diminuir estigmas e incentivar que as pessoas busquem e ofereçam ajuda. A RWCTV conversou com a psicóloga Pietra Borges, pós-graduanda em terapias cognitivas, sobre a campanha e os meios para promover mais bem-estar e melhorar a saúde mental.
Para compreender melhor os sentimentos, a psicóloga diz que é importante saber nomear, identificar e tentar lidar com aquela emoção. Ela destacou que “não existem emoções negativas, pois cada emoção tem sua função. Porém quando a emoção está sendo disfuncional e está trazendo prejuízos, deve-se tratar a causa”. Os sinais de alerta que indicam que uma pessoa deve buscar ajuda profissional são desregulação emocional, desesperanças, ansiedade intensa, mudança abrupta de comportamento, irritabilidade extrema, problemas no sono e no apetite, sentir-se no limite e ter ou estar enfrentando uma situação traumática.
Durante a rotina, alguns hábitos podem ser adotados para promover mais bem-estar. Pietra reforçou a relevância da atividade física, do sono e da alimentação saudável nesse processo. Ela elucida que “os hábitos são ações que repetimos com frequência. Falando em saúde mental e bem-estar, devemos praticar atividade física seja ela qual for, sempre adaptando a nossa realidade atual e gosto. Dormir bem e ter o hábito de dormir pelo menos 7 ou 8h por noite, ajuda muito no processo cognitivo e físico. Se alimentar bem é um dos pilares também para termos uma qualidade de vida melhor. Não estou falando sobre dietas restritivas, mas sim reeducação alimentar”.
Alguns dos transtornos mentais mais comuns no Brasil são ansiedade, depressão, transtorno bipolar e transtornos alimentares. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o país com maior número de pessoas ansiosas, com cerca de 9,3% da população sendo acometida pelo transtorno.
De acordo com a psicóloga, para apoiar a Campanha Setembro Amarelo de modo responsável e combater preconceitos, deve-se mostrar a importância do cuidado com a saúde mental e o crescimento do número de pessoas com transtorno mental o ano todo, incentivando as pessoas que estão passando por momentos difíceis a buscarem ajuda de um profissional capacitado para ser avaliado e cuidado da melhor forma possível.
Borges acrescenta ainda que “é muito importante que as pessoas próximas saibam identificar que alguém está passando por essa situação e a ajude, tendo uma escuta ativa e sem julgamentos. Mostrar que está disponível para ajudar e demonstrar empatia, mas principalmente levando-a ao médico psiquiatra e ao psicólogo”. Ela ressalta que, no Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia.
A profissional salienta que “a escuta ativa é uma maneira de deixar os diálogos mais eficientes e saber compreender o que o outro está falando.” Essa forma de diálogo traz benefícios como melhores relações entre as pessoas, maior clareza nas conversas e desenvolvimento da empatia. Para cultivá-la, é fundamental “ouvir mais e julgar menos, deixar a pessoa falar o tempo que for necessário, fazer perguntas de acordo com o que a pessoa está falando e se colocar no lugar do outro”, ressaltou.
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