A Rede Minas alcançou a segunda posição no Prêmio Nacional de Jornalismo do Judiciário: 35 anos da Constituição Cidadã. A emissora pública de Minas Gerais foi reconhecida pela série "Trabalho escravo", veiculada no Jornal Minas. O anúncio ocorreu na noite de quarta-feira (24), durante uma cerimônia realizada no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília.
Dividida em quatro partes, a série documental retrata o resgate de trabalhadores em condições análogas à escravidão e inclui entrevistas com especialistas sobre o assunto. A equipe de jornalismo da emissora percorreu cerca de três mil quilômetros para oferecer uma cobertura exclusiva das operações de fiscalização. Além de abordar a exploração no campo, as reportagens também abordam a servidão doméstica, revelando como a herança escravocrata e racista do país contribui para a persistência desses abusos.
A reportagem ainda inclui imagens fornecidas pela NTV, de Patos de Minas. A série concorreu com outros trabalhos como "À força - a escravidão moderna", da TV Brasil, "Escravas de família" e "Escravos do Carvão", da Record, e "Conexão Justiça: Com linguagem acessível, quadro telejornalístico leva informações sobre direitos e deveres dos trabalhadores", da TV Vitória (Record ES).
O I Prêmio Nacional de Jornalismo do Poder Judiciário: 35 anos da Constituição Cidadã é uma iniciativa conjunta do Supremo Tribunal Federal (STF), do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do Superior Tribunal Militar (STM). Essa ação inédita no âmbito da justiça brasileira busca estimular a reflexão sobre os direitos garantidos pela Constituição e ressaltar o papel social e judicante dos tribunais.