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Segunda-feira, 13 de Janeiro de 2025
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Curiosidades

Peixe Amazônico Reduz Diversidade de Espécies Nativas em Reservatório Paulista

Estudo da Unesp revela impacto negativo da introdução de corvina na bacia do Paraíba do Sul

João Vítor Fonseca
Por João Vítor Fonseca
Peixe Amazônico Reduz Diversidade de Espécies Nativas em Reservatório Paulista
Corvina capturada na represa de Chavantes (SP): espécie do Norte do país pode estar competindo e ajudando a diminuir peixes nativos, mas se tornou recurso pesqueiro importante em grande parte do Brasil (foto: Edmir Daniel Carvalho/Caunesp)
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A introdução do peixe amazônico corvina (Plagioscion squamosissimus) na represa do Jaguari, registrada pela primeira vez em 2001, resultou em uma significativa diminuição da diversidade de espécies nativas na bacia do Paraíba do Sul. A conclusão é de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e publicado na revista Biological Invasions.

Corvina: Invasão e Impacto

Desde a sua introdução, a corvina aumentou sua população rapidamente, tornando-se a espécie mais abundante no reservatório Jaguari em apenas dez anos. Segundo Aymar Orlandi Neto, primeiro autor do estudo, as análises apontam para uma considerável perda na diversidade de peixes nativos devido à presença deste predador invasor. 

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O estudo utilizou dados coletados pela Companhia Energética de São Paulo (Cesp) entre 2001 e 2016, que monitorou a fauna de peixes do reservatório como parte das exigências ambientais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Mudanças na Fauna Local

“Observamos que a abundância de peixes nativos, incluindo pequenos peixes que servem de alimento para a corvina e predadores como o dentudo (Oligosarcus hepsetus), diminuiu significativamente à medida que a população de corvina cresceu”, afirma Igor Paiva Ramos, professor da Feis-Unesp e coordenador da pesquisa.

Os pesquisadores também consideram a possibilidade de a corvina estar predando o dentudo diretamente ou competindo por presas, já que a corvina pode atingir até 80 centímetros, enquanto o dentudo adulto chega a cerca de 30 centímetros.

Espécies Invasoras: Um Problema Global

O impacto das espécies invasoras é um problema global que causa prejuízos significativos. No Brasil, esse custo é estimado em R$ 15 bilhões por ano, segundo o Relatório Temático sobre Espécies Exóticas Invasoras, Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos da Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES).

No caso específico do Jaguari, além da corvina, outras espécies introduzidas, como tucunarés e tilápias, também foram registradas, mas em menores quantidades.

Soluções e Desafios

Apesar da corvina ter se tornado um importante recurso pesqueiro, tanto para subsistência quanto para a pesca esportiva, erradicá-la pode criar problemas sociais. Ramos sugere ações similares às adotadas em outros países para controlar espécies invasoras, como o incentivo à pesca da corvina durante todo o ano, sem restrições de tamanho ou período reprodutivo.

No entanto, as legislações atuais impõem algumas restrições à pesca de espécies invasoras, o que pode perpetuar seu impacto negativo na fauna local.

Perspectivas Futuras

Erradicar a corvina não garante o retorno das espécies nativas. “O ambiente já foi modificado de tal forma que pode não ser mais adequado para os antigos habitantes”, ressalta Ramos.

Para mais detalhes, leia o artigo completo: Long-term impact of an invasive predator on the diversity of fish assemblages in a neotropical reservoir.

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FONTE/CRÉDITOS: Agência FAPESP
João Vítor Fonseca

Publicado por:

João Vítor Fonseca

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