Os moradores do bairro Prainha de Monte Verde estão enfrentando problemas com uma carvoaria, localizada a cerca de 2,7 km do condomínio, onde vivem mais de 200 famílias. A emissão de fumaça da produção de carvão tem se deslocado diretamente para o bairro, prejudicando a qualidade do ar dos moradores. A carvoaria também fica pouco menos de 4 km da cachoeira da Jamaica, ponto turístico muito comum entre os moradores de Juiz de Fora e região.
Segundo os moradores do Prainha, a situação se agravou desde o início do ano. “Percebemos que a produção aumentou significativamente e, pra piorar, essa queima é feita na parte da noite, quando o sereno não deixa a fumaça dispersar. Com a chegada do outono e como nossa região tende a ter uma serração mais intensa, a fumaça e fuligem vêm diretamente para nossas casas”, contou uma das moradoras.
Ainda de acordo com os moradores, alguns idosos já passaram mal, por respirarem a fumaça e estão tendo que sair de suas casas para não piorar a saúde. “Optamos por morar há 20 km do centro de Juiz de Fora, para ter contato com a natureza, respirar um ar puro e ter paz. Desde a intensificação da produção de carvão, parece que estamos morando ao lado de uma indústria. Não é possível que os órgãos ambientais autorizaram essa carvoaria funcionar e prejudicar a gente. Nós pagamos IPTU, não moramos em um local que é desconhecido”, completou.
De acordo com fotos de satélite do Google Maps, a carvoaria está situada em uma estrada vicinal, no km 105 da MG-353 e possui 20 fornos. Já o Prainha de Monte Verde está no km 106 da mesma estrada.
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