Com a chegada do período chuvoso em Minas Gerais, o Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, chikungunya e zika, encontra condições ideais para sua proliferação. Em resposta a essa ameaça, o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), anuncia um investimento de mais de R$ 178 milhões, visando fortalecer as ações de combate em todos os 853 municípios do estado.
As chuvas trazem um alerta: a responsabilidade pelo combate ao mosquito não é apenas do governo, mas deve ser um esforço conjunto da população. A SES-MG enfatiza que a maioria dos focos do mosquito está em residências e áreas públicas, onde pequenos recipientes acumulam água. "Um copo descartável ou uma tampinha de garrafa podem se tornar criadouros", lembra Eduardo Prosdocimi, subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG.
Para aprimorar as estratégias de combate, o estado investirá cerca de R$ 30 milhões na contratação de drones. Esses equipamentos serão usados para mapear focos em locais de difícil acesso, permitindo a aplicação de larvicidas e a supervisão das áreas mais afetadas. A tecnologia se apresenta como um aliado importante, especialmente em municípios onde a presença de agentes de combate a endemias (ACE) é limitada pela resistência de alguns moradores.
A eficácia das ações é reforçada por dados preocupantes: Minas Gerais registrou em 2024 a pior epidemia de dengue da sua história, com mais de 1,3 milhão de casos confirmados. Com essa realidade, a SES-MG iniciou uma série de capacitações para os profissionais de saúde, preparando-os para enfrentar as arboviroses de maneira eficaz.
A diretora de Vigilância de Doenças Transmissíveis e Imunização, Marcela Ferraz, destaca que a implementação do uso de drones ocorrerá de forma gradual. "Os drones ajudarão a identificar focos em propriedades fechadas e a tratar esses locais, contribuindo para a redução das larvas", explica.
O Dia D de Combate à Dengue, marcado para 9 de novembro, mobilizará municípios em todo o estado, reforçando a necessidade de uma ação coletiva e constante. Rosângela Alves Correia, supervisora de campo da Gerência de Zoonoses de Santa Luzia, reitera a importância da colaboração da comunidade. "Os moradores devem estar abertos às visitas dos agentes e cuidar de seus quintais", afirma.
A conscientização é fundamental. Dilma Gomes Vieira, residente de Santa Luzia, conta sobre sua experiência com a dengue e sua vigilância constante em relação aos focos. "Sabemos que, com a chegada das chuvas, é preciso redobrar os cuidados", ressalta.
Assim, Minas Gerais se prepara para um combate mais eficaz e coordenado contra o Aedes aegypti, unindo tecnologia, investimento e a mobilização da população em uma luta essencial para a saúde pública.
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