Culturalmente fomos ensinados a acreditar que a inteligência pode ser medida por um indicador chamado QI (quociente de inteligência). Mas a grande verdade é que o “famoso” QI é uma unidade de medida padronizada que foi desenvolvida para atestar as capacidades cognitivas, como lógica e razão de uma pessoa. Porém, essa medida só corresponde até 20% das conexões neurais. Ou seja, são 20% de atribuições dos 100% potenciais disponíveis a cada indivíduo, o que indica que os outros 80% das competências humanas essências são encontradas no QE (quociente de emoção), que pode ser entendido como um conjunto de fatores comportamentais como motivação, autocontrole e empatia que correspondem até 80% das demais conexões neurais.
Sabe-se que a Inteligência Emocional é um conceito em Psicologia que descreve a capacidade de reconhecer e avaliar os seus próprios sentimentos e os dos outros, assim, como a capacidade de lidar com eles. Desta forma, o QI e o QE, embora sejam diferentes, trabalham paralelamente rumo ao mesmo objetivo, integrando os indivíduos de forma completa, promovendo a diminuição dos atritos nas relações sociais, bem como, a eliminação dos conflitos internos e externos na vida pessoal e profissional. Assim, como em todo processo há fases de desenvolvimento, tendo como desafio a fase primária do auto amadurecimento da experiência pessoal de cada indivíduo que é aprendida pelo fortalecimento de conceitos técnicos. O que reafirma que o QI sendo estável, fixo e imutável serve de estrutura para o QE, que é adaptável e mutável de forma a concordar que um depende do outro para se equilibrar.
Para a segunda fase são admitidas categorias de indicadores de pontos positivos: moderação; otimismo; valorização das pequenas conquistas e foco nas soluções. Já os pontos a serem melhorados podem se destacar como exagero; precipitação; impulsividade e até negligência.
Sendo assim, na dinâmica do comportamento estável e autoconsciente, o que certamente irá potencializar o sucesso tanto na vida pessoal quanto na profissional, inicia-se pela honestidade, que é capacidade de revelar a si mesmo o teor dos próprios pensamentos e aceitá-los, mesmos que exijam o esforço da ressignificação. Trabalhar ativamente no fortalecimento dos pontos positivos, pelo comportamento da repetição e pôr fim a minimização dos pontos a melhorar, sendo percebidos através dos sentimentos e emoções de forma mais consciente.
Desta maneira, são estabelecidos compromissos com o futuro, considerando que a prática da Inteligência Emocional contribui para o desenvolvimento de novos hábitos, organização dos pensamentos, ajuda o rendimento pessoal, alivia as tensões e até combate a ansiedade. Assim, fortalecendo o bom funcionamento da estrutura pensar; sentir; agir, promove harmonia e bem-estar nas relações intrapessoais e também com os pares, sendo eles: sociais; pessoais; profissionais ou afetivos.
*Cristiane Oliveira é Mestre em Controladoria e Finanças, Coach de Carreira e professora de Contabilidade e Recursos Humanos na UniPaulistana.