O agronegócio da energia, recebeu um reforço na cúpula do G20. Durante o encontro, Estados Unidos, Brasil e Índia lançaram a Aliança Global para Biocombustíveis. Os três países que lideram a aliança, são os maiores produtores de biocombustíveis do planeta.
O lançamento é resultado de um ambicioso programa indiano de incentivo ao setor. Ele inclui medidas como a adoção de 20% de mistura de etanol à gasolina, a fabricação de automóveis flex e o desenvolvimento e a produção de biocombustíveis de segunda geração.
O modelo indiano é similar ao que ocorre no Brasil. O país tem 40 anos de tradição na produção de biocombustíveis e o motor flex - que aceita tanto etanol como gasolina - é usado em escala comercial há 20 anos.
Além disso, o país adotou a adição de 27,5% de etanol à gasolina e usa misturas de biodiesel no diesel. No Brasil, a produção de biocombustíveis envolve múltiplas matrizes. Entre elas: soja, milho, cana-de-açúcar, gorduras, estercos de animais e até mesmo dendê - palma de óleo.
De acordo com dados da Agência Internacional de energia, a produção global de biocombustíveis sustentáveis precisa triplicar até 2030 para que o mundo possa alcançar emissões líquidas zero até 2050. No ano de 2022, esses combustíveis em sua forma líquida, como o etanol, representaram cerca de 4% do total de energia para os transportes.
Além da utilização em veículos como motos, carros e caminhões, eles podem servir como fonte de energia para aviação e navegação. A medida reduziria as emissões dos respectivos setores e aumentaria ainda mais o consumo mundial e a ampliação do número de fornecedores.
O segmento de etanol lidera a produção de biocombustíveis no Brasil. Basicamente, ela se dá por duas fontes: cana-de-açúcar e milho. Fabricação da safra em curso deve bater 36 milhões de litros.
O Brasil perde apenas para os Estados Unidos na produção de etanol. Produto que é uma das principais alternativas limpas e renováveis e que contribui para a renovação da matriz energética, diminuindo a emissão de gases causadores do efeito estufa. O etanol é importante para a descarbonização do grandes centros urbanos, já que ele emite menos 90% de gás carbônico (CO2) do que a gasolina e ajuda as grandes cidades a diminuírem a poluição.
Um projeto que estimula e contribui para o uso do etanol é o renovaBio, do Governo Federal. O objetivo é expandir a produção de biocombustíveis no Brasil, baseada na previsibilidade, sustentabilidade ambiental, econômica e social, e compatível com o crescimento do mercado. O intuito do programa é o de estabelecer metas nacionas anuais de descarbonização, de forma a incentivar o aumento da produção e da participação de biocombustíveis na matriz energética de transportes no país.
Na avaliação do presidente da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana) e da Coaf Pernambuco, Alexandre Andrade Lima:
¨O futuro do etanol está até na eletrificação, pois ele é feito de moléculas de hidrogênio, e a rede de abastecimento nós já temos A matriz energética é renovável, e o etanol pode ser usado para recarregar as baterias elétricas, por exemplo.
Hoje, montadoras de veículos já trabalham com o etanol para gerar hidrogênio e, a partir dele, produzir eletricidade. O processo neutro em emissões de carbono, é integralmente realizado em um único dispositivo: uma célula a combustível de óxido sólido . Esses dispositivos viabilizam um tipo de carro elétrico que não tem tanque de hidrogênio, não precisa de tomada para carregar a bateria e pode ser abastecido em qualquer posto.¨disse ele.
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