O dia 27 de setembro é celebrado como o Dia Nacional de Doação de Órgãos no Brasil, uma data destinada a conscientizar a população sobre a importância da doação e a ajudar milhares de pessoas que aguardam ansiosamente por transplantes. Em 2023, a Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, com uma média de dois procedimentos por dia, demonstra seu compromisso inabalável com essa missão humanitária. Até o final de agosto, o hospital realizou 128 cirurgias de transplante.
Há 37 anos, a Santa Casa de Juiz de Fora tem desempenhado um papel vital no campo dos transplantes de órgãos, proporcionando a oportunidade de uma vida saudável a muitos pacientes. Devido a seus investimentos contínuos, equipe clínica especializada e resultados impressionantes, a instituição se estabeleceu como uma referência em transplantes de órgãos em Minas Gerais. De acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), a Santa Casa ocupa o segundo lugar como polo transplantador no estado. Em 2019, a instituição celebrou um marco significativo ao alcançar mil transplantes realizados desde o primeiro procedimento em 1983.
"Nosso objetivo é tornar a Santa Casa de Juiz de Fora uma referência nacional, entre os dez maiores hospitais do país. Para alcançar isso, contamos com processos sólidos e uma equipe técnica de alta qualidade, garantindo resultados excepcionais. Ao longo dos últimos dez anos, fizemos investimentos substanciais, pois sabemos que a área de transplantes é carente em nosso país", enfatiza o Dr. Renato Loures, médico presidente da Santa Casa.
Além dos avanços clínicos, a Santa Casa adotou inovações tecnológicas para melhorar ainda mais os resultados de seus pacientes transplantados. Desde 2016, o hospital utiliza o aplicativo Magnus Monitor, uma plataforma pioneira de monitoramento remoto de pacientes após a alta hospitalar. O Projeto Magnus tem como objetivo aproximar os profissionais de saúde dos pacientes submetidos a transplantes renais, acompanhando suas condições de saúde em tempo real. Os pacientes inserem dados como peso, taxa de glicemia e pressão arterial no aplicativo, que envia essas informações diretamente ao sistema médico. Isso ajuda a reduzir o tempo de internação e minimizar as reinternações hospitalares, contribuindo para resultados clínicos ainda melhores.
O Ministério da Saúde enfatiza que qualquer pessoa pode se tornar um doador de órgãos no Brasil, bastando conversar com a família e expressar essa vontade. A doação só pode ocorrer após a autorização da família do doador. Existem dois tipos de doadores: o doador vivo, que pode doar órgãos como um rim, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão, desde que não prejudique sua própria saúde; e o doador falecido, geralmente vítima de morte encefálica, como consequência de catástrofes cerebrais.
Os órgãos doados vão para pacientes que estão aguardando na lista única de transplantes, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado e controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes. A doação de órgãos é um ato de generosidade que pode salvar vidas e proporcionar uma segunda chance para aqueles que enfrentam sérios desafios de saúde.
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