A deputada federal Dandara (PT/MG) apresentou recentemente um projeto de lei com o objetivo de regulamentar a profissão de trancista no Brasil. A proposta visa definir as características dessa atividade e incluí-la no Quadro de Atividades e Profissões da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Segundo Dandara, o projeto surgiu a partir de uma demanda de um grupo de trabalhadoras trancistas de Uberlândia, que buscam reconhecimento e valorização para sua profissão. Cerca de 90% dessas profissionais estão dedicadas ao embelezamento afro, o que as diferencia da categoria de cabeleireiros convencionais. Atualmente, estima-se que existam cerca de 15 mil trancistas no país.
A regulamentação da profissão é justificada pela diferença fundamental entre trancistas e cabeleireiros tradicionais. As trancistas empregam saberes, habilidades e técnicas ancestrais específicas para cuidar e embelezar cabelos afrodescendentes. Seu trabalho nos salões de beleza desafia estereótipos negativos relacionados ao cabelo afro, promovendo outras formas de cuidado além das práticas danosas de alisamento. Isso contribui para fortalecer a autoestima da população negra, preservar tradições e ensinamentos ancestrais, e afirmar uma identidade negra.
Além disso, Dandara destaca a importância da atividade para a empregabilidade e autonomia financeira, especialmente entre as mulheres negras, que compõem a maioria das profissionais trancistas. O empreendedorismo negro é um aspecto significativo desse cenário.
O projeto pode ser acessado na íntegra: link
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