O cultivo de cana-de-açúcar em Minas Gerais, no ano de 2023, resultou em um aumento de 20% na geração de empregos no setor em comparação com 2022, totalizando a abertura de 540 vagas com carteira assinada. Este crescimento está associado à safra recorde no estado, que alcançou mais de 80 milhões de toneladas, levando Minas Gerais a subir da terceira para a segunda posição entre os maiores produtores brasileiros, ultrapassando Goiás.
Os dados sobre a geração de empregos no setor canavieiro são provenientes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego. A estimativa da produção faz parte do 3º levantamento da safra 2023/2024, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com o balanço fechado da safra previsto para abril.
O empresário e presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), Mário Campos, destaca a necessidade de contratação de mais funcionários diretos para processar o volume de cana, ressaltando também as oportunidades geradas de forma indireta devido à extensa cadeia produtiva. Já o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Thales Fernandes, destaca a importância da parceria entre o poder público e a iniciativa privada para impulsionar a geração de empregos e renda em Minas Gerais.
Quanto às perspectivas para 2024, destaca-se a inauguração da primeira usina de biometano no Triângulo Mineiro, produzindo a partir da vinhaça, resíduo orgânico da cana. Com investimento inicial de R$ 30 milhões pela ZEG Biogás, a capacidade produtiva será de 4 milhões de metros cúbicos de biometano por ano, com potencial de expansão para 16 milhões de metros cúbicos anuais e venda prevista para abril.
A Lei nº 24.652, sancionada pelo governador Romeu Zema em janeiro, institui a Política Estadual de Incentivo ao Consumo de Etanol em Minas Gerais. Entre suas diretrizes, destaca-se o fomento ao uso do combustível renovável e o fortalecimento do agronegócio e do setor sucroenergético.
Em setembro do ano passado, o Governo de Minas e a Siamig anunciaram investimentos significativos de R$ 11,3 bilhões, um dos maiores conjuntos de investimentos na história do setor de biocombustíveis e açúcar. Esses aportes impactarão na criação de aproximadamente 1,6 mil empregos diretos, especialmente na região do Triângulo Mineiro, abrangendo melhorias em diversas etapas produtivas.
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