Os casos de dengue dispararam em Juiz de Fora nos últimos anos, com um aumento de 954% em 2024 em comparação a 2023. No último ano, foram registrados 16.081 casos e 10 mortes na cidade, contra 1.525 casos e um óbito no ano anterior, conforme dados do Painel de Monitoramento da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Apesar do cenário preocupante, a adesão à vacinação contra a dengue permanece baixa.
Segundo informações da SES-MG e da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), cerca de 81% do público-alvo na cidade ainda não tomou a primeira dose, e quase 95% não receberam a segunda. Embora a cidade tenha recebido 13.806 doses, o percentual de vacinação cresceu apenas 2% desde agosto de 2024, chegando a 19%.
A vacina, aprovada para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, ainda não está disponível para idosos, grupo com maior número de hospitalizações por dengue. Especialistas apontam que a reintrodução do sorotipo 3, que não circulava predominantemente no Brasil desde 2008, eleva os riscos de uma nova epidemia, visto que a maioria da população não possui imunidade contra ele.
A vacina utilizada pelo Ministério da Saúde, a Qdenga, demonstrou eficácia para os sorotipos 1, 2 e 3, sendo mais eficaz contra o sorotipo 2. Segundo a Prefeitura, a vacinação está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e no Departamento de Saúde da Mulher, Gestante, Criança e Adolescente.
A SES-MG projeta um aumento significativo de casos em 2025, considerando a alta circulação viral e as condições climáticas favoráveis ao mosquito Aedes aegypti. O último levantamento realizado pela PJF, em outubro de 2024, classificou o município como "médio risco" para a dengue.
Em 2024, o geomonitoramento identificou mais de 100 mil potenciais criadouros em 394 municípios. A iniciativa também permitiu a aplicação precisa de larvicidas em áreas de difícil acesso, como caixas d'água e piscinas. A SES-MG intensifica o monitoramento dos casos de dengue com tecnologias como drones e ovitrampas.
A população pode contribuir para o combate ao Aedes aegypti eliminando criadouros, usando repelentes e adotando medidas preventivas, como vedar reservatórios e desobstruir calhas.
Enquanto isso, especialistas reforçam a importância de aderir à vacinação e cumprir o esquema vacinal completo para reduzir os riscos da doença e suas complicações.
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