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Sexta-feira, 25 de Abril de 2025

Dependência emocional

Você é responsável pela sua própria felicidade!

Por: Mônica Reis

Mônica Reis
Por Mônica Reis
Você é responsável pela sua própria felicidade!
Shaurya Sagar/Unsplash
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Não há ninguém nesse mundo com a responsabilidade de fazer você feliz, além de você
mesmo. A forma como aprendemos a lidar com o mundo e com nós mesmos é muito
influenciada pela maneira como fomos cuidados (ou descuidados) na nossa infância, com
ambiente que estamos acostumados, com a nossa cultura. E é na nossa infância que a maioria
dos nossos esquemas e crenças são formados. A relação que estabelecemos com os nossos
primeiros cuidadores acaba gerando repercussões ao longo da nossa vida.

E todos nós temos necessidades emocionais básicas que quando não são atendidas, implicam
na formação de esquemas desadaptativos, esses conceitos são muito bem explorados e
explicados pela Terapia dos Esquemas (TE) de Jeffrey Young. Todos nós temos a
necessidade de nos sentirmos aceitos e conectados com os nossos cuidadores principais, a
criança precisa se sentir fazendo parte do ambiente da sua família, se sentindo segura, amada,
protegida.

Também temos a necessidade de desenvolver autonomia, autoconfiança e aos poucos vamos
assumindo o controle da nossa vida, precisamos de ter limites claros. Aprender a respeitar os
nossos limites e os limites dos outros, compreender o que podemos (ou não) fazer,
desenvolver o nosso autocontrole, controlar os nossos impulsos. Nós temos a necessidade de
sermos capazes de aprender a reconhecer as nossas necessidades, e dar a essas necessidades
(que são nossas) a mesma importância que damos às necessidades dos outros. Também
precisamos aprender a ser espontâneos, brincar, explorar o mundo e se divertir. Temos o
direito de expressar as nossas emoções sem que isso gere um constrangimento para nós.
Temos o direito e a necessidade de relaxar e ter prazer. Temos a necessidade de desenvolver
a capacidade de lidar com as incertezas da vida.

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Talvez você deva estar pensando: “Puxa! Quantas necessidades!” Pois é, são muitas, mesmo.
Já pensou na responsabilidade de tornar-se pai ou mãe? Alimentar, nutrir emocionalmente e
fisicamente, proteger, criar um ambiente que seja capaz de estimular a criança de tal modo
que todas essas necessidades sejam satisfeitas, oferecer acesso à saúde, educação,
espontaneidade e lazer... Existe alguma possibilidade de um pai ou mãe, por mais cuidadoso e
atencioso que seja, com o seu filho oferecer na medida certa todas as necessidades
emocionais e materiais que o seu filho precisa o tempo todo? A resposta talvez seja um
pouco óbvia: claro que não!

Por mais que você faça cursos para desenvolver as suas habilidades de pai ou de mãe, por
mais que você leia sobre o assunto e se dedique ao seu filho integralmente, que você possa
oferecer a ele acesso a bens materiais e recursos financeiros, você nunca será perfeito. Isso
simplesmente não existe.

Mas, isso não significa, obviamente, que é uma “carta branca” para que você seja um pai ou
mãe “desleixado” uma vez que nunca será “perfeito”. Você pode sim ser um bom pai ou uma
boa mãe. Ser uma boa referência para o seu filho e desenvolver um relacionamento lindo e
profundo. O amor que desenvolvemos pelos filhos é diferente de tudo, é singular. Mas uma
vez que entendemos um pouco sobre as necessidades emocionais básicas de qualquer ser
humano para se desenvolver e também da importância de um pai ou mãe no processo de desenvolvimento de uma pessoa, tornando-se ela mesma, podemos aos poucos ir nos
libertando do peso da maternidade ou da paternidade.

Podemos entender que a responsabilidade de um pai ou uma mãe é oferecer tudo isso ao seu
filho, inclusive amor incondicional, mas cada um é responsável pela sua própria felicidade.
Você é responsável pela sua felicidade. Seu filho ou filha ao passo que vai amadurecendo e
tornando-se adulto passa a ser também responsável pela própria felicidade também.

E se nesse percurso, enquanto o seu filho ou filha crescia, se nessa trajetória, o
relacionamento de vocês sofreu algum dano, se foi arranhado... Sempre há tempo de
reparação. Se você decepcionou o seu filho ou filha, você pode, com muita paciência
demonstrar os seus sentimentos sinceros. Quem sabe, inclusive, pedir desculpas e recomeçar.
Como é bom para qualquer pessoa, em qualquer idade, se sentir amado e aceito pela sua mãe
e/ou pelo seu pai.

Talvez você esteja pensando: eu cresci numa família onde essas necessidades não eram
satisfeitas, me magoaram, me fizeram sofrer, cresci cheio de feridas emocionais... Acolha os
seus sentimentos, eles são legítimos. Mas não esqueça que ainda que tenham sido injustos
com você, agora você cresceu. E você pode escrever uma nova história para a sua vida. Você
pode aprender a fazer escolhas melhores para você. Você pode aprender a cuidar de você.
Você pode aprender a oferecer amor a você mesmo. Você é responsável pela sua própria
felicidade. Se for preciso, busque ajuda.

 

Autora:
Mônica Reis é esposa e mãe de três garotos lindos de viver. Uma pessoa curiosa que gosta de
conhecer novos lugares e de ler que é outra forma de viajar. É formada em Psicologia e
possui Especialização em Terapia Cognitivo-Comportamental e em Saúde Mental e Atenção
Psicossocial. Atua no âmbito clínico atendendo jovens e adultos. Desde 2020 tem se reunido
com outros colegas de maneira independente para estudar temas diversos, incluindo livros e
artigos de autores relacionados as Terapias Cognitivo-Comportamentais. Isso tem lhe
permitido trocar experiências relacionadas a profissão e a prática clínica. Instagram:
@bymonicareis.

As ideias contidas neste artigo não correspondem, necessariamente as ideias do jornal e são de responsabilidade da autora.

FONTE/CRÉDITOS: Mônica Reis
Mônica Reis

Publicado por:

Mônica Reis

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