O sonho de erguer a taça da Copa do Mundo pela primeira vez teve um final precoce e triste. Jogadoras jovens como a Ary Borges e Kerolin misturadas com as já experientes Marta e Debinha de fato montaram uma boa seleção, talvez a melhor de todos os tempos, mas o tempo iria nos dizer que não seria dessa vez, o sonho do título inédito irá durar mais 4 anos.
Brasil caiu em um grupo que a princípio não seria tão fácil, mas que jogando o futebol que elas já jogam, poderíamos sim passar de fase. Com aquele primeiro jogo vencido com maestria, o brilho da jovem Ary Borges iluminou o estádio Coopers Stadium na Austrália, um excelente jogo da meio-campista brasileira que marcou três vezes na vitória por 4x0 em cima do Panamá. Primeiro jogo vencido, tudo estava se encaminhando para a classificação.
O segundo embate foi contra a França, vistas como as mais fortes do grupo depois do Brasil, as francesas não dariam moleza para a nossa seleção, visto que uma vitória de uma das seleções a equipe iria para seis pontos e estaria praticamente classificada para as oitavas de final. O jogo foi duro, com a França dominando a maior parte dos 90 minutos, e a derrota veio, uma triste derrota onde a seleção brasileira estava buscando um belo empate e no final a equipe da França marcou o gol da vitória, 2x1 resultado final e o Brasil saiu derrotado.
Na terceira colocação do grupo e precisando de uma vitória, o Brasil teria um embate duríssimo contra a Jamaica, precisando vencer para se classificar, pois, o empate ou a derrota não ajudaria a seleção que estava fora da zona de classificação. O jogo tendia a ser muito difícil, ambas as equipes buscando a vitória para se classificar e a Jamaica tinha ainda a vantagem que se empatassem elas passariam. Com nenhum gol sofrido nos primeiros jogos com um empate em 0x0 contra a França e uma vitória por 1x0 contra o Panamá a equipe Jamaicana vinha pra se defender e a defesa mostrava ser sólida. Então, em um jogo sem gols, a seleção brasileira empatou em 0x0 contra a Jamaica, deixando assim, o sonho do título inédito, distante.
Brasil que nunca foi uma potência no futebol feminino, por diversos fatores para que isso ocorresse o mais falado sempre foi a falta de investimento, e sempre foi notório até um certo descaso quando se tratava de futebol feminino no Brasil, podemos ver aí um exemplo claro, como a seleção dos Estados Unidos sendo a maior campeã da competição e bicampeãs seguidas, o que é muito compreensível, visto todo um suporte nas escolas americanas para que o futebol se desenvolva desde a infância, o que não acontece no Brasil.
Melhorias precisam ser feitas para que mudanças sejam feitas e para que um dia possamos gritar campeão com a seleção feminina. Enquanto isso não ocorre, nos resta torcer e apoiar.
Essa Copa do Mundo que marcou a despedida da Rainha Marta em Copas. Com 37 anos a atacante que já foi diversas vezes melhor do mundo e também ganhou títulos com a Seleção Brasileira como: Jogos Pan-Americanos e Copa América Feminina se despede da amarelinha, infelizmente sem títulos desse torneio.