A inteligência artificial não é novidade, mas o ChatGPT foi treinado por humanos para interagir usando um enorme banco de dados chamado internet. Usando uma janela de perguntas e respostas, este Chatbot, ou robozinho de bate-papo, já atingiu um patamar diferente ao acessar as milhares de informações disponíveis nas redes. Ele vai com certeza influenciar nossas vidas de várias formas e o melhor que os Chatbots já fizeram aos humanos foi nos desafiar a pensar mais criticamente e questionar nossos hábitos e modos de vida.
O ChatGPT, Bing, diversos Chatbots e outras IAs (Inteligência Artificial) também tem limitações e riscos e poderão ser usados para fins maliciosos ou enganosos por pessoas mal-intencionadas. É claro que pessoas que têm más intenções como criminosos, hackers, golpistas, propagandistas e extremistas poderão usar as novas ferramentas para enganar, fraudar, invadir, manipular ou incitar outras pessoas. Riscos e desafios sempre coexistiram na sociedade e não existe uma resposta simples ou definitiva para essa pergunta. Serão com certeza desenvolvidos mecanismos de verificação e validação das informações geradas pela IA. Além disso normas e princípios éticos serão estabelecidas pelos poderes, mas serão fundamentais para nós humanos responsabilidade e cautela nesta mudança de paradigma.
Alguns temem que o ChatGPT possa produzir e espalhar notícias falsas e influenciar a opinião pública e até a democracia, pois eles são capazes de gerar argumentos convincentes que podem ser usados para manipular ou persuadir as pessoas. Caberá aos usuários uma postura critica, pois essa nova tecnologia pode trazer benefícios, como uma ferramenta útil, desde que seja usado com responsabilidade e ética. Com certeza nós humanos vamos precisar nos adaptar às inteligências artificiais, do mesmo modo como nos adaptamos à máquina a vapor, ao carro, ao computador, à internet e às redes sociais.
Os Chatbots como o ChatGPT só podem admitir seus erros se forem programado para isso. O Chatbot do Bing até se desculpa, mas a IA ainda não pode admitir seus erros por iniciativa própria, pois não tem a capacidade de entender o significado ou a implicação dos seus erros. A desculpa é mecânica e programada, a IA não tem ainda uma personalidade, uma identidade ou uma vontade própria, são apenas sistemas que seguem as instruções que lhe foram programadas, portanto nós humanos precisaremos aprender a verificar as fontes antes de confiar nas respostas das inteligências artificiais.
Mas, de quem será a culpa? Uma pergunta difícil de responder, pois depende do tipo e da gravidade do erro, do contexto e das circunstâncias em que ele ocorreu e das consequências. A IA é um sistema que está em constante evolução e aprendizado e poderá cometer erros, será que a IA será responsabilizada pelo erros ou apenas aprimorada pelos seus programadores e usuários? Poderão os desenvolvedores responsabilizados por erros, por negligência, por imperícia, por imprudência ou por má-fé e punidos pelas autoridades competentes? Os usuários da IA poderão cometer erros por desinformação, por ingenuidade, por curiosidade ou por malícia. Serão eles responsabilizados ou somente orientados e ou alertados?
É importante termos em mente que estamos diante de uma tecnologia em rasante evolução e acelerando rapidamente. Nós humanos vamos precisar desenvolver novas habilidades questionadoras e usar esse enorme potencial de forma positiva e criativa. A Inteligência Artificial Interativa vai beneficiar muitas pessoas que precisam de um assistente virtual inteligente e versátil. Mas as relações entre estudantes/professores, artistas/públicos, médicos/pacientes, jornalistas/leitores vai se transformar substancialmente. Vamos precisar rapidamente aprender novas habilidades e capacidades de interagir num mundo com mais informações e pessoas mais informadas.
Os Chatbots baseados em IA no ensino são um assunto polêmico do início de 2023 que envolve oportunidades e desafios. Podem tanto ser encarados como aliados no processo de ensino-aprendizagem, fornecer informações, realizar tarefas, colaborar com pesquisas, ensinar idiomas e interagir com os alunos. Como podem trazer problemas como a produção de conteúdos incorretos ou tendenciosos e a facilitação de fraudes ou plágios. Não adianta brigarmos com essa evolução que já chegou, precisaremos é mudar nosso modo de testar nossos conhecimentos e priorizar as interações humanas, dar feedbacks e orientações personalizadas. Vai ser necessário mudarmos para atividades de ensino-aprendizagem que exijam criatividade, reflexão e argumentação dos alunos, evitando questões que possam ser facilmente respondidas pelos programas virtuais.
Não acredito que atualmente a IA possa substituir o papel humano do professor e do aluno no processo educativo, pois ainda não pode desenvolver as competências sócio-emocionais, mas já pode ser usada como apoio e ampliando as possibilidades.