Se você permitir, viverá sendo escravizado pelos seus medos, suas preocupações e ansiedade, suas memórias tristes, pela mágoa e ressentimento pelo que fizeram com você, pelas injustiças que você viveu. Mas hoje tenho um convite a lhe fazer: que tal encontrar a liberdade dentro de você e ter uma vida mais leve?
Não é possível mudar o seu passado. E muitas das coisas que vivemos hoje, são apenas os desdobramentos de escolhas que fizemos. Não é possível controlar o pensamento dos outros, nem as suas atitudes principalmente quando esse 'outro' decide deliberadamente nos ferir. Mas somos responsáveis pelas nossas escolhas e pelas nossas reações. O que você faz com o que fizeram com você é mais importante do que aquilo que fizeram. E você deve estar pensando: puxa, mas sofri uma injustiça brutal, uma violência tão grande, foi injusto comigo. E estou aqui para dizer que sim. Foi injusto contigo.
Sempre acreditamos que se fizermos tudo direitinho, tudo certo as coisas vão terminar bem. Crescemos acreditando em um mundo justo. Se plantamos coisas boas, colheremos o bem. Mas na verdade, coisas boas e ruins acontecem o tempo todo com pessoas boas e pessoas ruins também. Talvez a grande diferença é que quando escolhemos fazer o que é certo aumentamos muito a probabilidade de vivermos bem.
E se você se deixar levar pela mágoa e pelo ressentimento você viverá preso em si mesmo. Existem muitas prisões que criamos em que nós somos os próprios carcereiros. O medo é outro tipo de aprisionamento. Claro que o medo é uma emoção que precisa ser validada, por que indica a presença de um risco real. Sentir medo é importante, justamente para que possamos nos proteger. Mas muitas vezes o alarme é falso. Quantas pessoas sentem medo de coisas que não são realmente perigosas? O medo excessivo nos paralisa.
Ao passo que vamos nos conhecendo e aprendendo a nos aceitar, vamos perdendo o medo da opinião e aprovação dos outros, mas as prisões não param por aí. O perfeccionismo também pode ser uma prisão. Confundimos, achamos que seremos dignos de ser amado quando somos perfeitos e passamos boa parte das nossas vidas buscando alcançar o inatingível. Como dizem alguns autores: a forma mais eficiente de fracassar é tentar atingir a perfeição. Você fica sempre com a sensação de não ser bom o bastante. E ainda que receba os melhores elogios e os maiores salários em decorrência dos seus esforços, você deixa de viver e desfrutar de muitos momentos preciosos, por que está aprisionado pelo perfeccionismo.
As suas preocupações também podem lhe aprisionar. Se você adotar a ansiedade como um estilo de vida, passará boa parte do seu tempo preocupado com tudo. Tentando controlar coisas que são incontroláveis. O problema com a preocupação é que ela nos prega uma peça: acreditamos que quanto mais nos preocupamos, melhor estaremos preparados para nos defender ou nos proteger. Mas na verdade, quanto mais preocupados, mais ansiosos.
Se a sua preocupação não estiver acompanhada de ações efetivas, ela funcionará como um disco arranhando. Você entra num ciclo em que passa a focar excessivamente em todos os riscos, considerando tudo igualmente arriscado ou perigoso e deixando de considerar outras coisas. E isto pode apenas piorar a sua ansiedade e te lembrar das suas vulnerabilidades. Não demora, até você se enxergar pequeno demais para superar obstáculos tão difíceis.
Todos nós temos a necessidade humana de nos sentirmos amados e aceitos. Mas se não cultivamos dentro de nós mesmos esse amor e aceitação, corremos o risco de estar presos pelo medo da rejeição do outro, da desaprovação e da opinião alheia. E o pior, nesse processo de querer agradar, podemos deixar de enxergar as pessoas que nos amam. E que nos aceitam como somos de verdade. Colocamos
o foco apenas na desaprovação, nas críticas e nos olhares atravessados de pessoas que de repente nem estão no nosso convívio mais próximo e nunca estariam.
Algumas vezes somos aprisionados pela culpa e vergonha, quando nos damos conta de que cometemos erros. Alguns graves e com grandes repercussões e outros que no fundo só nos machucaram, mas esses erros e a culpa que veio depois, podem ter reafirmado ideias sobre nós e sobre o nosso valor. Nessa hora a autocrítica também pode se tornar mais um aprisionamento.
São muitas as prisões que podem nos manter cativos. Mas a chave de todas elas está em você. Você é o seu próprio carcereiro, seu carrasco. Você tem a chave. E você pode escolher viver livre. Desfrutar da liberdade de viver leve e feliz sendo você mesmo.
Autoria:
Mônica Reis de Oliveira, nordestina, mãe de três garotos, profissional de psicologia, atua no âmbito clínico, ajuda pessoas a superarem a depressão, ansiedade, conviverem e integrarem o luto em suas vidas e a vencerem seus desafios, mudanças e transições, tendo uma vida mais leve.
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