O trabalho em rede é o norte das ações desenvolvidas pela política pública de segurança da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF). Parceiros de diversas áreas vêm se unindo para estruturar o fluxo de atendimento e reforçar os projetos de cultura de paz nas escolas. Nesta semana, uma reunião entre as secretarias de Segurança Urbana e Cidadania (Sesuc), Educação (SE), Esporte e Lazer (SEL), os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) buscou alinhar o encaminhamento de demandas que chegam à equipe da Sesuc e da Guarda Municipal durante as visitas e atividades no ambiente escolar.
Na oportunidade, foram esclarecidas as funções de cada um dos órgãos. Os Cras são estruturas responsáveis pela prevenção de situações de vulnerabilidade ou de risco social. Já os Creas tratam das consequências e acompanham as famílias e os indivíduos que sofrem violação dos direitos ou que estão vivendo situação de violência no ambiente intrafamiliar. São os Creas que acionam o Conselho Tutelar e requisitam vaga ou tratamento para proteção de uma criança, por exemplo.
A intersetorialidade é a marca do trabalho desenvolvido pela pasta da segurança, trazendo os diferentes atores para contribuírem na construção de projetos que têm como objetivo a garantia de direitos e a conquista de ambientes de paz. Desta forma, todo trabalho é feito escutando e considerando a participação de setores envolvidos, suas experiências e suas soluções como forma de potencializar resultados, por meio do apoio mútuo de ações realizadas pelas diversas secretarias municipais.
Juiz de Fora é uma das poucas cidades do Brasil a possuir um Plano Municipal de Segurança Urbana e Cidadania, que aponta as diretrizes a serem seguidas no período de dez anos, entre 2021 e 2031, para a segurança local. Esse plano prevê, em sua meta número oito, o incentivo ao fortalecimento do papel dos Cras e Creas como agentes de promoção da articulação das políticas públicas nos territórios, a fim de fomentar as discussões acerca da função protetiva da família e dos vínculos comunitários do público vulnerável.
O plano é fruto de intenso processo de legitimação pela participação popular. Nasceu das demandas da sociedade, apontadas em 27 deliberações, durante a 1ª Conferência Municipal de Segurança Urbana e Cidadania, realizada em agosto de 2019. Antes de se tornar lei, o documento ainda passou pela discussão e aprovação junto aos representantes do Conselho Municipal de Segurança Urbana e Cidadania (Comsuc).
