A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) divulgou nesta quinta-feira (7/11) as atualizações sobre a investigação do grave acidente de trânsito ocorrido na noite de 13 de outubro, na Serra do Bandeirantes, em Juiz de Fora. O acidente resultou na morte de Ângelo Gabriel Rodrigues de Mendonça, de 2 anos, e deixou sua irmã, de 9 anos, gravemente ferida e internada no CTI infantil da Santa Casa de Misericórdia.
Em coletiva à imprensa, o delegado Rodrigo Rolli detalhou os próximos passos da investigação, que segue em andamento. Segundo ele, a motorista investigada, de 36 anos, foi denunciada por um outro motorista, que ligou para o 190 e alertou sobre a condução perigosa da mulher. O denunciante afirmou que a condutora estava visivelmente embriagada, realizando ultrapassagens arriscadas e dirigindo de maneira imprudente pela Estrada Engenheiro Gentil Forn. Cerca de dez minutos após a denúncia, o veículo da investigada invadiu a pista contrária e colidiu frontalmente com o carro que transportava a família, causando o acidente fatal.
Testemunhos e evidências indicam sinais de embriaguez
Durante as investigações, a polícia apurou que a motorista percorrera cerca de 11,6 quilômetros entre um churrasco no bairro Aeroporto e o local do acidente em apenas 24 minutos. Câmeras de segurança da região registraram o trajeto da condutora, que, segundo testemunhas, apresentava sinais claros de embriaguez. Além disso, a perícia no veículo encontrou uma garrafa de cerveja, o que reforça as suspeitas de que a motorista consumiu álcool antes do acidente.
Apesar disso, um teste clínico realizado quatro horas após o acidente não detectou níveis de álcool no sangue da investigada. De acordo com o delegado, o laudo pericial que deve determinar a velocidade do veículo no momento da colisão ainda está sendo aguardado, assim como o prontuário médico da menina internada, o que ajudará a entender melhor as circunstâncias e o impacto do acidente.
Agravantes e depoimento da motorista
Na manhã desta quinta-feira, a motorista foi intimada a depor na Delegacia de Polícia, mas optou por exercer seu direito ao silêncio. O delegado destacou que a mulher parecia estar emocionalmente abalada e, em seu depoimento inicial, teria afirmado estar profundamente sensibilizada pela situação, por ser mãe e entender a dor dos familiares das vítimas.
A investigação também revelou que, durante o evento onde ela consumiu bebidas alcoólicas, a motorista esteve sozinha por cerca de nove horas. Além disso, a perícia encontrou indícios de que ela estava em estado de embriaguez no momento da colisão, como foi relatado por testemunhas, incluindo policiais e bombeiros que atenderam a ocorrência.
Outras vítimas e impactos do acidente
Além das duas crianças, outras três pessoas ficaram feridas na colisão. No veículo atingido estavam os pais das crianças, de 28 e 29 anos, uma terceira filha de 6 anos, e um motorista de aplicativo, de 29 anos, que estava dirigindo o carro no momento do acidente. As vítimas foram socorridas e, apesar dos ferimentos, não correm risco de morte.
O acidente levantou questões sobre a segurança nas rodovias da região e a responsabilidade dos motoristas em situações de risco. O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil, que deve tomar novas providências assim que os laudos periciais e as informações adicionais sobre o estado de saúde das vítimas forem recebidos.
Este caso chama atenção para a importância de maior fiscalização sobre a condução de veículos em condições de risco, especialmente no que diz respeito ao consumo de álcool e comportamentos imprudentes nas estradas. A investigação continua e os próximos passos serão definidos conforme a evolução dos laudos e depoimentos.
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