O vice-governador de Minas Gerais, Professor Mateus, e o secretário de Cultura e Turismo do estado, Leônidas Oliveira, realizaram uma importante iniciativa na última sexta-feira (3/11) ao fortalecer a candidatura dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade perante a Unesco. Este encontro aconteceu em Paris, na Representação do Brasil junto à Unesco, e contou com a presença da embaixadora Paula Alves de Souza, delegada permanente junto à Unesco, do conselheiro no setor de ciências, Sérgio Benevides, e do conselheiro do setor de cultura, Bruno Miranda Zétola.
Durante a reunião, tanto a embaixadora quanto o conselheiro do setor de cultura demonstraram otimismo em relação a uma avaliação favorável por parte da Unesco. O reconhecimento dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco é um marco significativo na valorização e promoção do "saber-fazer" característico de Minas Gerais. A campanha visa a preservação dos conhecimentos e técnicas de produção de queijo que foram desenvolvidos ao longo dos últimos três séculos por pequenos produtores rurais do estado.
A expectativa é que o anúncio oficial por parte da Unesco ocorra entre novembro e dezembro de 2024. Com a obtenção desse título, as regiões produtoras do Queijo Minas devem se destacar ainda mais como destinos culturais e turísticos, não apenas para os habitantes de Minas Gerais, mas também para visitantes de outros estados e países. Isso não apenas promoverá o desenvolvimento econômico e sociocultural dessas áreas, mas também dará mais visibilidade à culinária mineira e à cultura brasileira em escala mundial, impulsionando assim o setor econômico e turístico do estado.
Atualmente, dez territórios em Minas Gerais já foram reconhecidos por suas contribuições à produção do Queijo Minas Artesanal. Entre eles estão Entre Serras da Piedade e Caraça, Araxá, Campos das Vertentes, Canastra, Cerrado, Diamantina, Serra do Salitre, Serro, Triângulo Mineiro e Serras da Ibitipoca.
De 2019 até 2023, o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e suas vinculadas, realizou o reconhecimento de dois tipos de queijos, Casca florida e Queijo Cozido, e elaborou dois Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade, referentes a Mantiqueira de Minas e Alagoa.
Conforme levantamento realizado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), vinculada à Seapa, Minas Gerais conta com 8.811 estabelecimentos dedicados à produção de diversos tipos de queijos artesanais. Destes, o Queijo Minas Artesanal se destaca com 3.103 agroindústrias no estado, com uma produção estimada de 21,8 mil toneladas anuais, correspondendo a 65,2% da produção dos queijos artesanais provenientes de agroindústrias familiares. Este reconhecimento internacional reforça a importância e a tradição desse produto icônico na cultura e economia de Minas Gerais.
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